Na esteira das investigações de grampos ilegais em Mato Grosso, o delegado Flávio Stringueta disse que se sentiu ameaçado pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo. O ponto central é o ofício encaminhado pela PGJ ao delegado. Stringueta pontua que poderia ser acusado por crimes como o de usurpação de função pública.
Em entrevista à Rádio Capital, nesta sexta-feira (14), ao jornalista Paulo Coelho, Stringueta assinalou esse cenário.
"Quando recebi o ofício fiquei assustado porque me sugere o cometimento de crimes como usurpação de função pública e improbidade administrativa. Eu fiquei extremamente assustado com isso, diante de uma inexistência completa de fatos típicos referentes a esses crimes por ele atribuídos a mim”.
O delegado considerou ainda que "seria algo que nem mereceria resposta desse delegado, mas já que o ofício vazou, é importante dizer que nenhum delegado da Policia Judiciária Civil (PJC) atuou dissonante com a legislação pátria. Estamos atuando por uma determinação da Justiça".
Ao analisar ofício da PGJ, o delegado interpretou “tentativa de intimidação”. "O que eu vi nesse ofício é uma tentativa de intimidação dos delegados que estão tentando simplesmente trazer a verdade à sociedade".
O delegado acrescentou ainda que "o procurador-geral de Justiça tem falado para toda imprensa que é a favor das investigações e depois manda um ofício desses, mostrando ser contrário às investigações que estão sendo feitas pela Policia Civil? Eu fui nomeado como delegado especial nesse caso por determinação de desembargador do Tribunal de Justiça e isso tem que se respeitado".
Stringueta solicitou ao desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, análise do ofício da PGJ.
A reportagem tentou contato com o procurador-geral de Justiça, mas ainda não obteve retorno.


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