Este dia de finados será sem paralelo. Durante a pandemia, todos perdemos pessoas importantes, fundamentais, algumas imprescindíveis.
No meu caso, minha mãe, Vera Lemos, minha vó, Cinira Trindade, outros parentes e muitos amigos e conhecidos, fora os entes queridos que nos deixaram há tempos, como meu pai, José Edgar, meus demais avós.
Por isso, partilho da dor de cada um, de coração. Uma dor difícil de traduzir em palavras, pois vem da alma.
A forma que encontrei para amenizar esse sentimento, de falta, de ausência, de perda, foi praticar dois princípios espirituais, gratidão e aceitação.
Via gratidão, trago à memória a indecifrável experiência de amor que tive com elas, o que me faz ser menos dolorido aceitar a vida como ela é, com fé e esperança, a vontade da Providência Divina.
Sem palavras para descrever o significado dessas vivências e convivências.
Sou semente, galho, fruto, dessas raízes, continuidade, presença indireta e direta na Terra.
Meus filhos, Maria, José e João, o pai ama vocês incondicionalmente, como a vovó e a bisavó que estão no Céu. Vocês são minha vida.
Percebam, apesar da morte, temos a oportunidade de celebrar a vida, de quem se foi e de quem ficou.
Meditar nas coisas boas, disso para fazer lágrimas de saudade se misturarem com de alegria, pelo privilégio que tivemos de ter cada pessoa amada compondo o livro das nossas histórias e das suas próprias, com dias de luta, dias de glória.
Saudades, porém também gratidão, pelo tempo que Deus permitiu nossa convivência na Terra. Muito orgulho e admiração pelos ensinamentos e exemplos deixados para nós darmos continuidade no ciclo da vida, que se renova a cada dia.
Paulo Lemos é advogado - e uma das principais referências de atuação na defesa dos Direitos Humanos.
Ainda não há comentários.