O Brasil vive um “climão” tão forte de ódio que nem a morte tem escapado. Os milicianos digitais atacam tudo que não reluz segundo suas “ideologias”. Em um clima do bate e rebate, caluniar, desrespeitar, destratar e inventar histórias sobre o desafeto e divulgar nas redes sociais que já virou “exercício mental” permanente para dois grupos que se auto intitulam únicos donos da verdade.
Neste jogo do toma lá da cá, os dois grupos vêm se isolando da realidade do país e, consequentemente, das demais pessoas, inclusive do seu círculo de amizade. Quando o ódio é muito grande, o seu dono enxerga apenas a existência da sua própria milícia e a milícia do adversário. O mundo fica dividido em apenas duas partes, o contra e o a favor. Isso tem nome: atrofia cerebral.
Para os milicianos digitais, cujo cérebro está “temporariamente atrofiado” (eu espero que passe logo), chegarem a uma pseudo conclusão é um passe de mágica. Basta que alguém não concorde com suas bizarrices. Vão te rotular e exercer sobre você um patrulhamento ideológico de preferencia com Fake News, que fica chique e moderno. Os mais abastados já tem por preferência sites personificados, jornais, revistas ou mesmo programas de rádio e televisão.
Só que, apesar deles, há no Brasil um outro brasileiro que trabalha duro, acompanha política e quer apenas ser feliz. Este não aceitou os rumos que a política tinha tomado e por isso rejeitou o projeto de continuidade daqueles que já detinham o poder por mais de uma década.
Não só os rejeitou como retirou do poder e engoliu temporariamente seu vice na titularidade por ser a única forma de transição constitucional, até por isso nunca deu crédito ou valor. Tanto que concluiu o mandato como o gestor mais desacreditado de toda a história desta pátria.
O atual gestor mor foi creditado eleitoralmente pelos seus, é verdade, mas só chegou ao poder graças ao voto também desta parcela que trabalha e dá duro todos os dias e que não está nem aí para os seus “malandros de estimação”. Este brasileiro é um povo que não gosta de mentiras e nem de gente que inventa história só para se dar bem.
Este povo quer apenas morar em um país digno e ser feliz. Acontece que os desatinos e arroubos verbais via mídias digitais, recomendações circulares oficiais, discursos mentirosos, perseguições e obsessões somadas as constantes caneladas, num tal de dizer e desdizer, falar e voltar a explicar, não agrada em nada este “Brasil que canta, trabalha e só quer ser feliz”.
A guerra verborrágica destes dois grupos tem causado estragos e muito enjoo em uma parcela considerável de brasileiros que não está nem aí para suas ideologias e mimimis. O Brasil não vai retornar ao passado recente e caminha a passos largos para desgrudar das papagaiadas e caneladas e das bizarrices do presente. Apesar de vocês, o brasileiro acredita que amanhã será outro dia, a gente vai em frente e vai ser feliz.
João Edisom é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso.
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