Maria Augusta Ribeiro
Você já sentiu aquele aperto no coração ao ver seu filho grudado no celular, enquanto o mundo lá fora parece tão distante?
Em 2025 a tela-dependência virou uma preocupação real para mães, pais e responsáveis em todo Brasil. Por aqui sempre falo sobre minhas aflições em ver as crianças abduzidas em suas telas e como ela impacta a vida dos pequenos que deveriam estar brincando, correndo e explorando o mundo real.
Sabe aquele aperto no peito quando você vê seu filho grudado no celular, como se o mundo lá fora nem existisse? Eu já senti isso muitas vezes. Em 2025, com telas por todos os lados, a tela-dependência virou um assunto que não sai da cabeça de quem é mãe, pai ou, como eu, cuida de um sobrinho querido. Aqui sempre divido minhas aflições sobre como a tecnologia rouba um pedacinho das crianças , pois elas deixam de estar pulando, brincando, descobrindo o mundo, não só com os olhos na tela mas com atividades na vida real.
Por isso, eu vibrei quando vi a cartilha “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, lançada pelo Governo Federal em 11 de março de 2025. Ela tem o toque especial da Dra. Evelyn Eisenstein, pediatra e especialista em saúde infantojuvenil, e traz um monte de ideias pra gente equilibrar as telas e cuidar dos nossos pequenos. Falo com carinho da Dra. Evelyn , pois ela foi minha professora na especialização sobre dependências tecnológicas que fiz.
Mas o Que a Cartilha Diz?
“Menores de 2 anos? Nada de tela, só videochamada com a vovó.
“De 2 a 5 anos? Uma horinha por dia, com coisas que ensinem.”
“Até 12 anos? Melhor sem celular próprio, sempre com um adulto por perto.”
“Zonas livres de tela são ouro: mesa de jantar e quarto sem celular.”
“Pais, deem o exemplo: menos tela pra vocês também.”
E como a gente usa isso pra tirar as crianças das telas? É simples, mas exige esforço. Se seu filho menor de 2 tá pedindo o celular, que tal trocar por um livro colorido ou um chamego com você?
Fico morta de tanto correr atras do meu sobrinho no pique e pega, pra evita que a gente fique nas telas.
É com frases simples e dicas que a cartilha da o recado, por exemplo: Ela sugere que pra quem tem criança de 2 a 5, uma hora de algo educativo ta de bom tamanho. Pra maiores, até 12, sem celular próprio, dá pra oferecer um trato: “Que tal brincar no quintal antes de mexer no tablet?”. E as zonas livres? Aqui em casa, mesmo com adultos nossa zona livre é a mesa de almoço, não colocamos o celular nela de jeito nenhum.
A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2022, mostra o tamanho do desafio: 92% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos estão online, muitas passando mais de 4 horas por dia no celular. A cartilha é tipo um mapa pra gente sair dessa.
Dicas do Coração pra Equilibrar as Telas
Nem tudo é só preocupação, viu?
Dá pra trazer os pequenos de volta pro mundo real com jeitinho. Uma amiga começou a fazer uma rotina com os filhos: 30 minutos de tela depois da lição de casa, e pronto. E recomendo o uso de app parentais o Family Link é bastante eficiente.
A Dra. Evelyn fala na cartilha pra gente apostar no que é fora das telas: brincar na rua, ler um livro juntos, montar um jogo de tabuleiro. Se seu filho fica nervosinho sem o celular, a cartilha dá a letra: conversar com um psicólogo infantil pode ser o caminho. É cuidar do coração deles também, né? Tudo isso tá no link: [gov.br/criancas-e-telas-guia-2025](http://gov.br/criancas-e-telas-guia-2025).
Um Papo com Ciência
Quero te contar de um livro que mexeu comigo: Fábrica de Cretinos Digitais de Michel Desmurget. Ele mostra como a tela-dependência bagunça o cérebro das crianças, falta de atenção, memória e até o QI podem sofrer.
Sabe o que me assustou? Telas antes de dormir cortam a melatonina, aquele soninho gostoso vai embora. A TIC Kids Online 2022 confirma: quem ficar mais de 4 horas por dia nas telas dorme pior e se distrai mais. Mas ele dá uma luz: troque telas por desenhar, cozinhar juntos.
A tela-dependência é um sinal pra gente parar e olhar pros nossos pequenos. Em 2025, com a cartilha da Dra. Evelyn como guia, dá pra proteger eles nesse mundo digital sem perder o que importa: o abraço, a risada, a aventura de verdade.
Que tal largar o celular agora, chamar seu filho pra um papo ou uma brincadeira, e sentir de novo esse amor sem tela no meio? A tecnologia ajuda, mas nossos filhos precisam da gente primeiro.
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br
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