Após três quedas seguidas, o Ibovespa opera em terreno positivo, impulsionado pelo bom humor do mercado externo. O principal índice da bolsa voltou a operar acima dos 127 mil pontos, devido à expectativa de início do ciclo de queda nos juros dos Estados Unidos, após a divulgação de dados da inflação do PCI em linha com o esperado.
O dólar, que abriu em queda, logo inverteu a tendência e passou a operar em alta. A queda inicial foi influenciada pela alta do minério, que atraiu fluxo comercial no mercado à vista. No entanto, a preocupação com a situação fiscal no Brasil e a busca por proteção antes da decisão do Copom na próxima quarta-feira, que deve manter a taxa de juros, também afetaram o câmbio.
Os juros futuros acompanharam a queda dos títulos do Tesouro americano e fecharam em baixa, encerrando três dias consecutivos de alta em todas as vértices, tanto curtas quanto longas.
Na bolsa, o destaque negativo foi para as ações da Usiminas, que despencaram 20% após a divulgação de um balanço muito abaixo das expectativas, resultando em uma perda de dois bilhões em valor de mercado. Por outro lado, a Vale apresentou um resultado positivo, impulsionada também pela alta do minério, refletindo de forma positiva nos seus ativos.
A expectativa agora se volta para a próxima semana, que será movimentada com a decisão do Copom e a divulgação de taxas de juros em alguns países, podendo trazer volatilidade ao mercado. O relatório de emprego dos EUA (Payroll), esperado para a próxima sexta-feira, também será um ponto de atenção.
Comentário do Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, sobre mercado.
Fonte: Assessoria
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