Por Guilherme Amado/Coluna/Portal Metrópoles
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não esconde a insatisfação com Margareth Buzetti, a suplente que assumiu seu mandato no Senado neste ano. Fávaro pediu exoneração na manhã desta quarta-feira (22/11) para assegurar que o governo Lula terá votos em projetos de interesse na Casa.
A irritação começou após Buzetti descumprir o acordo verbal que firmou com Fávaro na época em que ele foi nomeado ministro. Na ocasião, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, estava relutante em liberar a ida de Fávaro ao ministério porque Buzetti, a primeira suplente, pertencia ao PP. Houve, então, uma negociação para que ela e o segundo suplente, José Lacerda, acertassem a filiação ao PSD.
O acordo também estabelecia um rodízio entre os suplentes no Senado. Buzetti iniciaria o ano à frente do mandato e cederia o lugar a José Lacerda após quatro meses. O rito seria repetido enquanto Fávaro estivesse à frente da Agricultura, mas Buzetti descumpriu o combinado e não liberou espaço para o segundo suplente até o momento.
Além disso, Buzetti passou a votar contra os interesses do governo Lula. O estresse chegou ao ápice quando Buzetti sinalizou que seria contra a reforma tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava negociando voto a voto para aprovar a medida, e Fávaro por pouco não se licenciou de novo da Agricultura para resolver o impasse. Buzetti só decidiu endossar a proposta quando a tramitação estava em seus momentos decisivos.
Fávaro ficará afastado do ministério até a sexta-feira (24/11). Além de apoiar pautas econômicas importantes para a Fazenda, o ministro votará contra a PEC que limita os poderes de decisões do STF e fará a destinação de emendas do seu mandato.
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