• Cuiabá, 15 de Setembro - 2025 00:00:00

Mercado financeiro estima aumento do PIB e redução da inflação e da taxa de juros


Da Redação

O mercado financeiro revisou suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no Brasil. De acordo com o Boletim Focus, uma pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central com base nas expectativas das instituições financeiras, a projeção para a inflação em 2023 caiu de 4,75% para 4,65%.

Para 2024, a previsão de inflação é de 3,87%, e para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% para ambos os anos.

Vale destacar que a estimativa para este ano está acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

Segundo o Banco Central, no seu último Relatório de Inflação, há uma probabilidade de 67% de que a inflação oficial ultrapasse o limite superior da meta em 2023.

A projeção para a inflação em 2024 também supera o centro da meta de 3%, mas ainda está dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em setembro, o aumento dos preços dos combustíveis, especialmente da gasolina, exerceu pressão sobre a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,26% nesse mês, acima dos 0,23% registrados em agosto. No acumulado do ano, a inflação chegou a 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,19%, acima dos 4,61% do período anterior.

Política Monetária e Taxa de Juros - O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, como seu principal instrumento para controlar a inflação. Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, de acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao longo do último ano, a inflação fez o Banco Central reduzir a Selic em duas ocasiões, e esse ciclo de cortes deve continuar com reduções de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Apesar de um aumento temporário da inflação no segundo semestre, essa elevação era esperada por economistas.

No entanto, o Copom reforçou a necessidade de manter uma política monetária contracionista para garantir que a inflação converja para a meta em 2024 e 2025, bem como para ancorar as expectativas. Incertezas nos mercados e expectativas de inflação acima da meta são fatores que influenciam a decisão sobre a taxa de juros.

No período entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic em 12 vezes consecutivas em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Posteriormente, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do ciclo de alta, a Selic estava em seu ponto mais baixo na história, em 2% ao ano, devido à contração econômica causada pela pandemia da COVID-19. O Banco Central reduziu a taxa para estimular a produção e o consumo, mantendo-a nesse patamar de agosto de 2020 a março de 2021.

De acordo com as projeções do mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, espera-se que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para 2025 e 2026, as estimativas apontam para uma Selic de 8,5% ao ano em ambos os anos.

As mudanças na taxa Selic têm impacto direto na economia, uma vez que afetam o custo do crédito e a poupança, influenciando os preços. Além da Selic, os bancos levam em consideração outros fatores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, ao definir as taxas de juros para os consumidores. Taxas mais elevadas podem dificultar o crescimento econômico, enquanto reduções na Selic tornam o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo.

Crescimento Econômico e Câmbio - As instituições financeiras projetam um crescimento de 2,9% para a economia brasileira em 2023. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB), e para 2025 e 2026, as projeções apontam para um crescimento de 1,9% e 2%, respectivamente.

Por fim, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5 para o final de 2023, com uma expectativa de R$ 5,05 para o final de 2024.

 

(Com Agência Brasil de Noticias)




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