Por Letícia Cotta/Portal Metrópoles
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (9/8), em Florianópolis, devido ao seu possível envolvimento e interferência no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, disputada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Saiba quem ele é e o que ele pode ter feito.
Além da prisão de Silvinei, no âmbito da Operação Constituição Cidadã da Polícia Federal (PF), ocorrem também 10 mandados de busca e apreensão contra outros diretores da PRF que estiveram na gestão de Vasques. As ações foram deflagradas em regiões de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
Silvinei Vasques, de 48 anos, é ex-diretor-geral da PRF. Ele declarou apoio ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições do ano passado.
Nascido em 1975 em Ivaiporã, em Paraná, Vasques é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele também estudou Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); e Administração na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
Foi superintendente nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como coordenador-geral de Operações. Também exerceu os cargos de secretário municipal de Segurança Pública e de Transportes em São José, em Santa Catarina, entre os anos de 2007 e 2008.
Ele também tem potencial envolvimento na Chacina da Vila Cruzeiro, ocorrida em maio do ano passado em uma favela de mesmo nome no Rio de Janeiro, e que tomou os noticiários na época, em operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PF e da PRF.
Vasques é investigado por interferência nas eleições de 2022, tendo possivelmente ordenado e/ou organizado as blitze da PRF que interferiram na locomoção de eleitores, principalmente da Região Nordeste do país, onde o então candidato e agora presidente da República, Lula, tinha vantagem em pesquisas de intenção de voto.
No entanto, as operações em rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera do segundo turno. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, inclusive, teve que determinar a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques; só então as ações da PRF nas estradas do Nordeste foram desmobilizadas.
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