• Cuiabá, 28 de Agosto - 2025 00:00:00

Senador ataca indústria da invasão e cobra uso correto do FCO


Da Redação

“Se acompanhar de perto é a mesma turma que está lá: tudo de carro novo, muitas vezes pagos por grandes proprietários que pagam para invadir e depois ficam com a área para ele. Virou uma indústria. Não podemos permitir que isso volte a acontecer no Brasil” – disparou o senador Jayme Campos (União-MT).

O "apontamento" de Campos - um dos principais líderes do movimento ruralista no Senado, se dá no contexto em que volta a atacar a ‘indústria da invasão de terras’ no Brasil, que, segundo ele, é formada por ‘malandros’ e ‘profissionais’.

Durante audiência pública conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional ele apelou à ministra do Planejamento, Simone Tebet, apoio para ser estruturado no Governo ações para evitar as ocupações de propriedades. 

Jayme citou, como exemplo, os decretos de ampliação de reservas indígenas, que tira a tranquilidade dos produtores rurais de Mato Grosso. Enfatizou que esse quadro de medo não pode prosperar, uma vez que é a produção agrícola que tem dado expressiva contribuição na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e alavancado a geração de emprego no Brasil. 

Campos ainda apelou à ministra para poder articular junto aos demais ministérios a melhoria da administração dos fundos constitucionais. Como sugestão, enfatizou a necessidade de se criar uma regra mais clara na utilização dos recursos, priorizando o pequeno e médio produtos. O senador mato-grossense enfatizou que no caso do Fundo do Centro-Oeste, criado para atacar o desequilíbrio regional, 70% dos recursos acabam alocados a grandes empresários.

Outro programa citado pelo senador do União-MT se destina a irrigação. Segundo ele, há muitos anos ‘não vai 1 centavo de real’ sequer para Mato Grosso. “Esse dinheiro é constitucional, de um fundo constitucional, portanto, é obrigatória sua aplicação” – alertou. Investimentos em irrigação, se colocado em prática, permitirá a Mato Grosso a ter até três colheitas no ano, sem a necessidade de avanço no desmatamento de áreas. “Esse é um programa espetacular – frisou. "Infelizmente o Centro Oeste não recebe coisíssima alguma."

Região de Fronteira

Além disso, Jayme Campos sugeriu a ministra Simone Tebet execução de ações de desburocratização do Estado para permitir que as prefeituras possam acessar recursos destinados a ações na fronteira. Com efeito, observou que esses recursos “parece cabelo de irmã de caridade: sabe que tem, mas ninguém vê, está sempre tampado”. 

Campos criticou a burocracia estatal e afirmou que a ministra “poderia fazer um grande feito: tentar desburocratizar um pouco”. Campos é autor do projeto de lei que destina 5% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para a região de fronteira. 

O senador reafirmou a ministra sua disposição de “apoiar tudo que for preciso em favor da sociedade” e deixou claro que não está no Congresso atrás de cargo ou para barganhar. “Estou aqui para defender os interesses do povo brasileiro e particularmente de Mato Grosso. Tenho 6 mandatos pelo voto popular” — disse, ao cobrar seriedade do Governo. 

Ao cobrar seriedade no trato com a coisa pública, Campos foi enfático: “É preciso investir bem o dinheiro público. Não deixar roubar.  Lamentavelmente quando chega o dinheiro lá na ponta, já chega pela metade. Temos que acabar com isso no Brasil.  Isso é fatal” — disse.

 

Com Assessoria




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