• Cuiabá, 28 de Agosto - 2025 00:00:00

Os caça-níqueis estão lá. Aumentaram as taxas em 62%, dispara Jayme sobre preço das passagens aéreas


Da Redação

“É absolutamente inaceitável o tamanho retrocesso da democratização do transporte aéreo nacional”, disparou o senador Jayme Campos (União-MT).

O senador mira as empresas aéreas que operam voos regulares no Brasil, em relação aos preços de passagens "exorbitantes". 

Em tempo, programa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva implementa passagens aéreas para aposentados e estudantes a R$ 200.

Senado

Jayme pediu novamente investigação sobre a cobrança das tarifas aéreas - devendo encaminhar à Comissão de Infraestrutura.

Mais informações sobre as ações no Senado:

O Senado irá cobrar esclarecimentos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), das empresas aéreas que operam voos regulares no Brasil e do próprio ministro Márcio França, de Portos e Aeroportos, sobre valores das passagens aéreas. A iniciativa foi anunciada pelo senador Jayme Campos (União-MT), que classificou como “verdadeiro escárnio” as tarifas que os usuários são obrigados a pagar quando precisam de deslocamento aéreo. 12.

Em pronunciamento nesta quarta-feira, Campos citou como exemplo o valor cobrado em uma passagem que ele próprio adquiriu, de Brasília a Cuiabá, onde se gasta 1h15 de voo: “Me cobraram R$ 2,4 mil! É a passagem mais cara do planeta!”. Ele citou ainda o custo de uma viagem aérea entre Brasília–São Paulo, R$ 3 mil! “Pobre já deixou de viajar nos aviões nossos. Se quiser, tem que andar de ônibus. E olhe lá” – disse.

Para o senador mato-grossense, o mercado de empresas aéreas no Brasil “virou uma verdadeira organização de um monopólio, e o cidadão brasileiro não está mais suportando essa prática”. Ele ressaltou que os índices variam, mas que todas confirmam o aumento dos preços dos bilhetes muito acima da inflação. Somente no início do ano passado, em curto intervalo de três meses, as passagens subiram 62% em todo o território nacional.

Outros senadores corroboraram com a iniciativa. Rodrigo Cunha Lima (União-SE), segundo vice-presidente do Senado, elogiou a iniciativa de Jayme Campos e lembrou que o Senado votou todos os projetos que apresentaram no passado como iniciativa para reduzir os valores das passagens, mas nada aconteceu. Margareth Buzetti (PSD-MT) também criticou o comportamento das empresas.

As três grandes empresas nacionais justificam os preços exorbitantes em razão do cenário das dívidas decorrentes da pandemia da covid-19. Alegam, segundo o senador, que enfrentam passivos bilionários. Também alegam custo operacional crescente, com o preço dos combustíveis e a alta do dólar.  Todavia, Jayme lembrou que o dólar está estabilizado e até em queda e o que se vê é um aumento exponencial das receitas, seguido de alta no valor das ações das empresas aéreas.

Para Jayme Campos, a solução é o estímulo à concorrência no setor aéreo. Ele disse que o Estado brasileiro tem a obrigação de ficar ao lado dos consumidores nesta disputa. Ele disse que novas empresas precisam ser atraídas para o mercado nacional, por meio de melhorias do sistema tributário, de facilidades regulatórias e da melhoria do cenário de segurança jurídica.

Caça-níqueis

Indignado com a situação, Jayme Campos também citou a necessidade de consolidação de terminais aeroportuários no interior do Brasil e citou o caso do Aeroporto Marechal Rondon, cuja privatização ainda não surtiu resultados, com atraso das obras prometidas. A concessionária prometeu que até dezembro concluirá as melhorias do Aeroporto Internacional da Várzea Grande, de Sinop, de Alta Floresta e de Rondonópolis.

“Os caça-níqueis estão lá. Aumentaram agora as taxas, algo próximo de 62%. Saiu de R$ 35, foi para R$ 63 a taxa. Agora, precisamos ver o quê? A contrapartida. Caso contrário, estamos pagando muito caro e, lamentavelmente, o resultado é quase nada em favor da população” – disse.

 

Com Assessoria 




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