Rosane Argenta
A herpes zoster é uma doença que tem sido mais frequente em todo o mundo, ainda mais durante a pandemia de Covid 19. Pode atingir indivíduos de qualquer idade sendo mais frequente acima dos 50 anos de idade e em pessoas de qualquer idade que tenham risco aumentado por comorbidades.
Afeta o sistema nervoso causando assimetria, afeta a pele causando bolhas e feridas doloridas, e também pode atingir os olhos e até causar cegueira. Aparece na região do tórax, na barriga, sempre em apenas um lado do corpo. A dor aguda é a principal característica da doença, que causa muito desconforto especialmente ao toque, dificuldade para vestir roupas, tomar banho, abraçar e conviver socialmente. O quadro da doença pode demorar meses para ser resolvido e quem sofre relata que sente dor lancinante comparada como se fossem agulhadas.
A doença vem da reativação do vírus da varicela (catapora) que afeta principalmente crianças, pois o vírus fica incubado no sistema nervoso e é reativado quando vivemos alguma situação que leva à queda da imunidade, tal como estresse, doenças, ou até mesmo com o envelhecimento natural que causa a imunocenescência, ou seja, o envelhecimento do sistema imunológico. É diferente do herpes simples oral ou genital.
Estima-se que uma em cada três pessoas desenvolverão herpes zoster. O estresse é um dos principais fatores que tem feito com que a doença atinja adultos mais jovens, tal como vimos na mídia há pouco tempo o cantor Justin Bieber que foi acometido pela síndrome de Ramsay Hunt que é a reativação do vírus do herpes zoster em um gânglio nervoso facial causando assimetria pela perda dos movimentos da musculatura de um lado da face.
Como método de prevenção é indicada a vacinação. Hoje nós temos duas vacinas para prevenção dessa doença, uma mais antiga que é feita de vírus atenuados, sendo indicada a partir de 50 anos, e outra vacina que foi lançada no Brasil em junho de 2022, que é uma vacina feita com vírus inativados, indicada a partir de 50 anos e também a partir de 18 anos para quem apresenta alguma comorbidade que possa levar à queda da imunidade, tais como estresse, diabetes, hipertensão, tratamentos com imunossupressores, etc.
A nova vacina está disponível na rede privada e apresenta eficácia acima de 90% entre idosos e chega a 97%de eficácia em adultos mais jovens. Por essa razão a nova vacina é indicada mesmo para quem já fez a vacina mais antiga, visto que sua eficácia e segurança são maiores.
Lembre-se, a prevenção é a melhor opção para se evitar qualquer doença.
Rosane Argenta é diretora executiva da Franquia Saúde Livre.
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