
Em Cuiabá, ato contra a política do Governo Jair Bolsonaro, realizado no domingo (1º de maio), foi marcado pelas críticas sobre o alto custo de vida.
O evento também defendeu a "reforma agrária popular" e ainda os serviços públicos.
Atos na data foram realizados no país em favor de Bolsonaro e também contra.
Um dos pontos mais preocupantes para o grupo político aliado do presidente - que deve buscar a reeleição - se refere ao contexto de severa recessão econômica, que tem massacrado a população carente.
Confira as informações conforme a assessoria da JURA:
A Romaria das Trabalhadoras e Trabalhadores realizada ontem, 1º de maio, em Cuiabá, teve fortes críticas ao alto custo de vida e ressaltou a defesa dos serviços públicos, do meio ambiente e da reforma agrária popular. A atividade ocorreu durante a tarde, reunindo centenas de integrantes de pastorais sociais, movimentos populares, partidos e sindicatos. A romaria completou a 31ª edição e teve a participação do novo arcebispo da Arquidiocese de Cuiabá, dom Mário Antônio da Silva, que deu a benção às trabalhadoras e trabalhadores.
“Vocês são resistência, porque há décadas não se conformam com a injustiça. Deus é o braço que resgata, proporciona vida e indica o caminho. Sei que é difícil, mas permaneçam de olhos abertos, auxiliando os irmãos e as irmãs que passam pela fome e o desemprego. Perseverem”, disse dom Mário.
A romaria teve início na sede do Centro Pastoral para Migrantes, no bairro Carumbé, seguiu pelas ruas do Residencial São Carlos e do bairro Planalto, encerrando com show cultural no bairro Sol Nascente.
A caminhada teve paradas em frente a unidades do serviço público, onde as/os participantes lembraram das vítimas da covid-19, denunciaram os altos preços das contas de água e esgoto e da passagem de ônibus, o desmonte da educação e a falta de política pública com a população carcerária. “Precisamos olhar a água como fonte de nossa existência, produção de alimentos e sustento ambiental”, enfatizou Inácio Werner, do Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT/Mato Grosso).
Vanessa Ribeiro de Jesus, militante do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), lembrou do martírio dos 21 camponeses assassinados pela Polícia Militar no Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Ela destacou a importância da reforma agrária popular e criticou o governo federal pelo alto custo de vida. “Estamos aqui para reafirmar nosso projeto de luta e resistência, em defesa de teto, pão, trabalho, dignidade e direito à vida”.
Vanessa também participa da mobilização da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), que inicia atividades nos dias 12 e 13 de maio, com a “Feira Saberes e Sabores da Terra”, na praça Alencastro, no centro de Cuiabá. Na feira, pequenas e pequenos produtores rurais vão vender produtos da agricultura familiar, reforma agrária e economia solidária.
A JURA é um evento nacional que envolve entidades de ensino e movimentos sociais para discutir a organização popular no campo e na cidade. Existe desde de 2014 e teve sua primeira edição em Mato Grosso em 2018. Este ano, além de debates e atividades culturais na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a JURA ocorre em praças públicas, escolas e assentamentos.
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