Guedes promete crédito para empresários

Em Economia
17/02/2022 09:02:05

Por Fernanda Strickland - Correio Braziliense

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vai anunciar, na próxima semana, um pacote de crédito de R$ 100 bilhões para qualquer tipo de empresa —, seja "microempresa ou empresas de milhões". A afirmação foi feita em almoço com representantes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, presente no encontro, disse que Guedes antecipou o anúncio, quando foi questionado sobre a manutenção, em 2022, do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), lançado durante a pandemia para fornecer capital de giro aos negócio de pequeno. Guedes afirmou que a linha de crédito será reativada, mas acrescentou que o pacote "vai surpreender".

O ministro confirmou, ainda, que haverá aportes no Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), que dá suporte ao Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), que atende a empresas de médio e grande portes. Para o presidente da Abrasel é bastante oportuno que o governo anuncie medidas nesse momento. Segundo o empresário, as empresas do segmento de bares e restaurantes ainda enfrentam dificuldades.

Crescimento

Segundo Solmucci, Guedes iniciou o almoço afirmando que, em 2022 o Brasil vai continuar crescendo. Na semana passada, ele declarou que o mercado financeiro errou nas projeções do PIB (Produto Interno Bruto) no passado e que vai errar de novo neste ano. Na ocasião, o ministro disse que o país tem hoje R$ 828 bilhões em investimentos programados e que deverá atrair mais de R$ 300 bilhões ainda neste governo.

"Nós já temos, com o Auxílio Brasil, uma força de consumo de massa entrando na economia por um lado, e por outro lado, temos R$ 828 bilhões já contratados de investimento. Antes de o governo acabar teremos mais R$ 300 bilhões. Em todos os setores: 5G, telecomunicações, gás natural, petróleo, saneamento, cabotagem. O Brasil vai crescer, eles vão errar de novo", alegou o ministro.