Da Redação
Foi aprovada a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022 na Assembleia Legislativa em primeira votação, da ordem de R$ 26,5 bilhões conforme estimativa do Governo para o desempenho fiscal e financeiro no próximo ano - sob questionamentos à cargo da oposição.
A peça orçamentária ainda será palco de discussões, considerando as emendas que ainda precisam ser validadas junto ao texto.
Oposição
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentou, na sessão da noite de terça-feira (23), requerimento para que a Assembleia Legislativa devolva ao governo de Mato Grosso o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022.
Isso porque, conforme aponta o parlamentar - voz da oposição na Assembleia Legislativa, é necessário "corrigir a previsão de receita" - considerando segundo ele, que "a receita prevista de R$ 26,5 bilhões para o próximo ano está subestimada em cerca de R$ 5 bilhões, pois a receita deve superar os R$ 31 bilhões".
Confira mais informações, conforme a comunicação do parlamentar:
“O governador enviou um orçamento fictício porque desconsidera a arrecadação que o Estado terá no ano que vem. Pela análise da série histórica do desempenho da arrecadação de Mato Grosso, a receita de 2022 deve ser de cerca de R$ 31 bilhões, mas o governo enviou um projeto que estima apenas R$ 26 bilhões. Com isso, haverá R$ 5 bilhões na receita do ano que vem que o governador poderá manejar livremente, porque não foi incluído na Lei Orçamentária Anual”, disse Lúdio.
O parlamentar observou que, até agosto deste ano, o Estado já arrecadou R$ 18 bilhões. Portanto, a previsão é que, até o fim de 2021, a arrecadação chegue a R$ 27 bilhões. Desse modo, a previsão é que a receita deste ano já seja maior que a receita prevista na LOA 2022.
“Temos serviços de saúde com filas intermináveis, como por exemplo a fila de cirurgia cardíaca e, por conta de uma previsão de receita inferior a que se realizará, não podemos alocar recursos para algumas dessas áreas. Sabendo que em 2022 a arrecadação será muito maior, poderemos destinar orçamento para ações da saúde e outras áreas essenciais”, explicou Lúdio.
O deputado assinalou que a subestimação da receita permite ao governador também fazer a manobra de prever um orçamento menor para a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores estaduais, com a previsão de limites menores de despesa com pessoal de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“A proposta que estou fazendo é que a Assembleia devolva a LOA ao governo para que o governo faça a readequação de toda a previsão de receita e, a partir daí, adeque a despesa. Somente desse modo a Assembleia terá condições de votar um orçamento real e não um orçamento fictício que subestima a receita”, disse Lúdio.
Defesa do Governo
Em tempo, o líder do Governo na AL, deputado Dilmar Dal'Bosco, observou que "quem pede a devolução da peça orçamentária é o Executivo estadual".
Vale lembrar que a peça orçamentária 2022 também recebeu parecer favorável ontem - da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da AL - relatada por Dal'Bosco.
Com Assessoria
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