Da Redação
“Temos que levar em conta a política de formação de preços da Petrobras. Esta carga tributária já era vigente em outros anos, mas não tínhamos o reajuste absurdo de 74% ao ano que está acontecendo no Brasil neste momento”, disparou o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) ao defender "a mudança imediata na política de preços da Petrobras para reduzir os preços dos combustíveis e do gás de cozinha ao consumidor final".
O assunto foi tratado nesta terça-feira (9), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), da qual o parlamentar mato-grossense é membro titular. Para ele, a única justificativa para a manutenção da dolarização é a de pagar dividendos aos acionistas da empresa, dinheiro que sai do bolso da população.
Fávaro classificou como não procedente a alegação da Petrobras de que os impostos estaduais estão entre os principais responsáveis pela alta nos preços praticados.
Ele lembrou que a maior parte nos custos de produção e refino do petróleo não sofre nenhum impacto com a variação cambial e estes fatores devem ser levados em consideração no momento de se definir a política de preços ao consumidor. “Em excepcional neste momento de pandemia, com as pessoas sem dinheiro, sem emprego, sem comida. Isso deveria ser uma política de estado, já que o Brasil tem a grande formação dos preços em reais. A paridade só é necessária para dar dividendos, mas estamos falando em uma empresa de brasileiros, do povo brasileiro”.
Por conta desta situação, o senador foi favorável ao requerimento que prevê a ida dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, à CAE para prestarem esclarecimentos acerca da política de preços aplica atualmente no Brasil. “Não dá para aceitar, não dá para tolerar, a continuidade desta política de preços que tem afetado a vida de todos os brasileiros”, finalizou Fávaro.
*Reforma -* O senador também defendeu que a CAE aprofunde as discussões para uma reforma tributária. Para isso, seria importante questionar no âmbito da comissão, o ministro da Economia, Paulo Guedes. “ Eu concordo plenamente que temos que discutir sim uma reforma tributária. A carga tributária é ‘pornográfica’ neste país. E seria importante o ministro Paulo Guedes vir a esta comissão para que possamos ampliar este debate”.
Com Assessoria
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