Da Assessoria
O senador Wellington Fagundes (PL-MT), defendeu nesta segunda-feira, 18, a criação de novos cursos de Medicina no interior de Mato Grosso. Ao participar da sessão especial do Congresso Nacional destinada a comemorar o Dia do Médico, ele disse que o Estado tem 1,91 médico por mil habitantes, ou seja, 25% a menos do que a média nacional. Esse desequilíbrio na distribuição afeta o atendimento de grande parte da população.
“Não é culpa do profissional médico. Mato Grosso pertence ao chamado ‘Brasil Profundo’ e, como tal, distante dos grandes centros, sofre com a desigualdade na distribuição de profissionais médicos” – apontou Fagundes, ao atribuir esse desequilíbrio à própria demografia de um Estado de dimensões continentais e com municípios localizados a até 1,2 mil quilômetros da Capital.
Na cruzada em defesa da implantação de cursos de medicina nas universidades no Estado, Wellington Fagundes explicou que o objetivo é formar médicos que, desde muito jovem, possam conhecer a realidade e as características de se viver em Mato Grosso. O último levantamento do Conselho Federal de Medicina apontou que Mato Grosso tem 5.630 médicos.
Relator da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado, destinada a acompanhar as ações de enfrentamento da pandemia, Wellington destacou a “ação corajosa dos médicos, ao lado dos profissionais de saúde – nessa que é a maior tragédia sofrida pela humanidade”. Mesmo sem as ferramentas necessárias e adequadas, segundo ele, os médicos ocuparam, ao lado das enfermeiras e enfermeiros, técnicos, auxiliares, “a linha de frente dessa luta, trazendo, acima de tudo, conforto às pessoas”.
Fagundes lamentou que muitos profissionais da medicina tivessem sido alcançados pelo vírus e não conseguiram sobreviver. Segundo último dado do Conselho Federal de Medicina, desde 22 de março de 2020, quando foi divulgada a primeira morte de um médico brasileiro por coronavírus, 624 médicos perderam a vida. A esse numero somam-se quase 700 profissionais da enfermagem.
Autor do requerimento para a sessão solene, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) defendeu “a autoridade e a autonomia” do médico durante a pandemia. Para ele, qualquer movimento que ponha os dois conceitos em risco “é potencialmente perigoso”. Marcos Rogério criticou a atuação da CPI da Pandemia, que investigou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.
— Politizar o tema do enfrentamento da covid-19 foi um erro, especialmente no âmbito da CPI. A autoridade no trato com o paciente é do médico. Se o médico entende que naquele momento deve recomendar a adoção de medicamento A ou B, é autoridade dele. Quando a política quer chamar para si a discussão de temas que são da ciência e da prática médica, toma um caminho perigoso — disse.
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