Regina Botelho - Da Redação
Embora avance nas mesas de negociações, e deva ser formalizada na semana que vem, a fusão entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM) ainda sofre com impasses pelo controle de diretórios em alguns Estados, sendo que em Mato Grosso já há um ponto pacificado, ou seja, de que o comando deverá ficar com uma liderança democrata.
Uma das maiores lideranças do DEM em Mato Grosso, o senador Jayme Campos já declarou à imprensa ser favorável que o controle do diretório no Estado fique com o Democratas, até mesmo pela força política da sigla, que conta com dois deputados estaduais, um senador e o governador Mauro Mendes.
Jayme ainda minimizou as dificuldades de diálogo que o DEM pode ter com o PSL principalmente dentro do Estado, em razão da resistência de alguns membros que têm posicionamentos mais extremos. “É aquela velha história: quem não estiver satisfeito, que mude. Mas acredito que com um bom diálogo, todos têm a ganhar. Porque será o maior partido do Brasil”, disse o democrata ao Portal O Livre.
A união dos partidos também vem tendo o apoio do governador Mauro Mendes, que votou favorável à realização de uma convenção nacional do partido, em outubro, para confirmar a fusão com o PSL.
“Estive em Brasília, e participei da Executiva Nacional do DEM. E por unanimidade de todos os presentes, foi aprovado que nós convoquemos uma convenção nacional com objetivo de aprovar essa fusão”, disse ao se referir ao processo de união das legendas ao comentar o tema com jornalistas.
Já o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), explica que o acordo pré-definido é que as diretorias estaduais sejam entregues para o grupo com representação no governo.
“O comando nacional vai ficar com o PSL e o comando estadual vai ficar com o partido que estiver no governo. Como nós temos o Mauro Mendes aqui em Mato Grosso, então o comando fica com o DEM”, afirma.
Na concepção de Botelho a fusão vai ser boa, pois é preciso diminuir o número de partidos. “ Temos mais de 35 partidos. Vejo isso como prejudicial para democracia, prejudicial para as decisões. Ficam partidos sem identidades. A fusão do DEM X PSL é muito importante, sem dúvida nenhuma. Vai se formar um partido muito forte. Um partido que vai tomar as decisões tantos nacionais como estaduais”.
Conforme o parlamentar, daqui pra frente, as ações para concretizar a fusão vão acontecer em “ritmo acelerado”. Uma convenção está marcada para o dia 5 de outubro.
DEM e PSL devem fazer uma pesquisa nacional para decidir se o novo partido terá um novo nome ou vai permanecer com um ou outro. A sondagem também deverá colher informação sobre o número partidário.
Presidente regional do DEM, o ex-deputado federal Fábio Garcia destaca que não há obstáculos para a fusão do seu partido com o PSL. “A gente dialoga muito bem, portanto não existe nenhum problema junção desses dois grupos políticos aqui em Mato Grosso. Outros estados devem ter conflitos mais importantes”, disse recentemente ao Portal MidiaNews.
Em Mato Grosso, a união resultaria na nova legenda ocupando a maior bancada no Parlamento estadual, com seis representantes. Nacionalmente, o partido também teria a maior bancada federal, com 81 parlamentares.
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