Rafaela Maximiano
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou hoje (21), em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID) ao Senado Federal, que não estuda o envio de doses extras de vacina contra covid-19 para Cuiabá e Várzea Grande como compensação pela realização da Copa América. Porém afirmou que pode haver uma compensação de doses para todo Mato Grosso, por este ser um estado de fronteira seca e possuir grande extensão territorial.
“Não há uma estratégia específica em relação a competição esportiva. Na realidade o que está em discussão - esses estados que têm grandes fronteiras secas com países vizinhos, está em estudo no PNI para se ampliar a vacinação nesses estados que territorialmente são grandes, mas que tem concentração demográficas pequenas, de tal maneira que o esforço para ampliar a imunização não é tão grande, e do ponto de vista epidemiológico pode ser importante para conter eventuais variantes", declarou Marcelo Queiroga.
Além de justificar que o reforço da vacinação em estados de fronteira seca como Mato Grosso seria importante para o controle sanitário do Brasil em relação à covid-19, anunciou novamente que em breve estará em Cuiabá.
Através de sua assessoria de imprensa, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, reiterou na tarde desta segunda (21) que apesar das declarações do ministro Queiroga "se mantém confiante no compromisso firmado com o Governo Federal de que Cuiabá receberá doses extras da vacina", afirmou o gestor municipal.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também negou informação veiculada na imprensa de que haveria a intenção de retirar a CoronaVac do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em razão de uma suposta eficácia menor da vacina chinesa em idosos.
“Não há nenhum tipo de mudança de estratégia do Ministério da Saúde em relação a esse imunizante. Temos tratado de maneira muito fluida com o dr. Dimas Covas (diretor do Instituto Butantan), fizemos reuniões com o embaixador da China. O que há é que ela não tem ainda o registro definitivo da Anvisa. Isso não se deve a nenhum tipo de ação do ministério. Como esse assunto é de grande interesse, há uma série de comentários nas mídias, mas o fato é que essa vacina tem sido útil. Essa é a posição oficial do Ministério da Saúde até que exista algum dado científico que faça com que tenhamos uma posição diversa”, disse aos parlamentares.
Queiroga anunciou a chegada nesta terça (22), no aeroporto de Guarulhos (SP), do primeiro lote de 1,5 milhão de vacinas da Janssen, que imunizam em dose única. Será o quarto tipo utilizado no Brasil, depois das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.
O ministro também prometeu o aumento da testagem da população, reconhecendo que até agora o Brasil "testou pouco". A testagem em grande escala permite identificar casos assintomáticos e tomar medidas de isolamento, reduzindo a transmissão do vírus.
Saúde animal - O senador Wellington Fagundes (PL-MT) saudou a inclusão em pauta, na sessão desta terça (22), do PL 1.343/2021, de sua autoria, que permite a fabricação de vacinas contra a covid-19 em unidades de saúde animal, atendidas as condições de segurança. O texto já foi aprovado em primeira votação no Senado e na Câmara dos Deputados. O relator é o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O ministro elogiou o projeto e lembrou que em maio esteve em Cravinhos (SP) com o senador, visitando uma unidade que poderá vir a produzir vacinas, uma vez sancionado o texto.
Grávidas - Os senadores Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da comissão, e Flávio Arns (Podemos-PR) expressaram preocupação com o grande número de grávidas internadas com Covid. O ministro lembrou que a ocorrência de um "evento adverso" levou à suspensão do uso da vacina AstraZeneca em gestantes, retardando a imunização desse subgrupo. Queiroga disse que a melhora na distribuição da vacina da Pfizer vai permitir imunizar mais rapidamente as grávidas:
Ministro da Ciência - Foi aprovado requerimento do senador Espiridião Amin solicitando sessão temática com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, para a discussão da produção de novas vacinas no Brasil, não apenas contra a covid, mas também contra dengue, zika e chicungunha.
(Com informações Agência Senado)
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