Da Redação
A volta às aulas no modelo presencial é foco de acalorados debates entre a Assembleia Legislativa e o Estado, no cenário que leva em consideração o avanço da pandemia do coronavírus.
E nesse contexto, a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), divulgou posição sobre o tema, acentuando defesa pelo "adiamento" das aulas presenciais.
A entidade alerta sobre a necessidade de conter o avanço da pandemia.
Vale lembrar que na quinta-feira (27), conforme boletim da Saúde do Estado, foram contabilizadas mais 41 mortes e quase 2 mil novos registros de covid-19 - em 24 horas.
Confira mais informações, conforme a AMM:
O retorno das atividades escolares de forma presencial, continua dividindo opiniões entre as autoridades da Saúde, Educação, Assembleia Legislativa, Ministério Público, dirigentes de classes, Undime, Sintep e Associação Mato-grossense dos Municípios-AMM, que representa os gestores municipais.
O secretário estadual de Educação, Alan Porto apresentou na última semana, o plano de volta às aulas na rede estadual de ensino, previsto para o dia 7 de junho, no modelo híbrido, sendo a metade dos alunos na escola, enquanto a outra acompanha as aulas de casa, priorizando o retorno dos que não têm acesso à internet.
Por outro lado, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, apresentou o quadro da pandemia, com a atual taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva-UTI, em mais de 87% e as enfermarias em 38%. Diante dos números divulgados nos boletins, a matriz de classificação risco e os atuais indicadores, o secretário vem sugerindo novas medidas de restrições para conter o avanço do vírus.
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios-AMM, Neurilan Fraga, alerta mais uma vez sobre a importância de se verificar o quadro pandêmico de Mato Grosso, considerando o risco que os alunos e os próprios pais terão, com a volta as aulas, mesmo no sistema híbrido.
Fraga chama a atenção para o fato de retornar ás atividades escolares, no próximo dia 7 de junho, se a pandemia continuar preocupante. “Defendo mais uma vez o adiamento das aulas, mesmo no sistema hibrido, caso a situação pandêmica não estiver sob controle”, disse ele, lembrando que há um contra censo. O secretário de Saúde mostra um quadro com o crescimento de casos e de óbitos, além da ocupação de leitos de UTI, e por outro lado, o secretário de Educação, que definiu o retorno das aulas para o início do mês.
Na sua opinião, uma outra situação a ser observada, além do quadro pandêmico, teria que acorrer a vacinação em massa dos profissionais da Educação, o que vem sendo exigido pelas entidades de classe. Fraga desaprova a exigência por parte da Seduc, para que pais dos alunos, preencham um Termo de responsabilidade. “Acho que devemos respeitar a opinião dos pais, neste momento. Nada deve ser impositivo. Os pais estão corretos em querer proteger os seus filhos para não serem contaminados pelos vírus no ambiente escolar. Eles podem optar pelo ensino à distância, mesmo que isto represente alguma perda no ano escolar”, argumentou.
O governador Mauro Mendes, declarou recentemente em rede nacional, estar preocupado com a possível terceira onda da Covid-19 no estado, e destacou o crescimento da taxa de ocupação de leitos de UTI e de enfermarias nos últimos dias, em Mato Grosso. A Comissão de Constituição, Justiça da Assembleia Legislativa, aprovou o parecer pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes à vacinação dos profissionais da educação, incluindo professores e técnicos da rede pública e também da iniciativa privada. Há um consenso de que a vacinação seja garantida aos professores, antes do retorno das aulas.
Com Agência AMM
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