POR CONGRESSO EM FOCO
O presidente Jair Bolsonaro participa nesta quinta-feira (22) da abertura da Cúpula dos Líderes sobre o Clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A reunião, iniciada às 9h, vai se estender até sexta-feira (23), em caráter virtual. Bolsonaro e outros 26 presidentes e primeiros-ministros devem discursar. O brasileiro terá três minutos de pronunciamento para tentar mudar a imagem do país.
Em linha oposta à de seu antecessor, Donald Trump, aliado de Bolsonaro, o novo presidente dos Estados Unidos cobra de Bolsonaro o cumprimento das metas impostas no Acordo de Paris sobre o Clima, em 2015.
Em tese, o Brasil tem a chance de mudar a imagem negativa de sua política ambiental, que já prejudica o comércio do país, sobretudo o agronegócio. Na prática, porém, são grandes as desconfianças em relação ao país. O governo brasileiro é acusado de favorecer o desmatamento, com o afrouxamento da fiscalização.
A comunidade internacional quer que o Brasil acabe com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. O Brasil, no entanto, tem registrado aumento no desmatamento nos últimos anos, o que dificulta o cumprimento da meta. Biden reivindica que os países apresentem objetivos mais ambiciosos para a redução da emissão de gases de efeito estufa até a Cúpula do Clima da ONU, a COP-26, que ocorrerá na Escócia, em novembro.
Bolsonaro tem indicado que não pretende mudar as metas do Acordo de Paris. Em carta enviada ao colega americano semana passada, ele pediu apoio dos Estados Unidos para conter o desmatamento ilegal na Amazônia, reafirmando o compromisso de eliminar esse tipo de crime até 2030. O presidente pede um socorro de US$ 1 bilhão para cumprir o acordo.
Criticado internacionalmente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alega que o Brasil deveria ter recebido US$ 133 bilhões pela redução do desmate ocorrida entre 2006 e 2017. O valor é estimado com base no mercado livre de carbono da Califórnia. Salles afirma que os países que mais contribuem com os gases do efeito estufa deveriam pagar o Brasil para não desmatar. Mas ambientalistas e ativistas têm pressionado o governo americano a não fechar acordo com o governo brasileiro, argumentando que Bolsonaro não é confiável e não utilizará o dinheiro para cumprir as metas.


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