Da Redação
O cenário de produção de vacinas no Brasil pode receber impulso, e até transformar a dura realidade de escassez do imunizante contra a covid-19.
Isso porque o presidente Jair Bolsonaro "cobrou do ministro da Saude, Marcelo Queiroga, o uso de laboratórios brasileiros que fabricam imunizantes para animais na produção de vacinas para o coronavírus".
A informação foi dada na quarta-feira, 31, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), durante sessão plenária, em comunicado ao relator da Comissão Temporária da Covid-19, senador Wellington Fagundes (PL-MT), autor da proposta.
“Esse é um assunto já na página e na prioridade do Ministério da Saúde” – disse Pacheco, ao relatar detalhes da reunião do Comitê da Covid-19, com a participação do presidente da República. Segundo o presidente do Senado, a proposta – levada pelo senador mato-grossense a diversas autoridades, incluindo ao ministro da Saúde – se mostra “muito palatável” e “possível de se concretizar”.
Na última sexta-feira, o relator da Comissão da COVID-19 havia se reunido com o ministro e detalhado o projeto. Nesse mesmo dia, o documento contendo as informações para produção da vacina no Brasil chegou ao presidente da República, que manifestou apoio pela viabilidade da produção.
A incorporação de três superlaboratórios vinculados ao Sindicato Nacional da Industria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), de acordo com documento apresentado ao senador Wellington Fagundes, podem adicionar 400 milhões de doses de vacina, num prazo de 90 dias, a partir da autorização dos órgãos de controle sanitário e da transferência de tecnologia da vacina.
No dia 12, uma audiência pública da comissão do Senado, inclusive, vai discutir exatamente os contratos de aquisição de insumos assinados pelo Instituto Butantan e Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz). Participam também representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As plantas laboratoriais com classificação NB3+ prontas para produzir vacinas contra a Covid-19 são da Merck & Co. ou Merck Sharp & Dohme, empresa farmacêutica, química e de ciências biológicas global presente em 67 países. da Ceva Brasil, que dispõe de quatro centros internacionais principais, com 19 centros regionais de produção pelo mundo, e a Ouro Fino, que exporta produtos para vários países.
Ao destacar que a solução para a falta de vacinas “está dentro de casa”, o senador do PL de Mato Grosso revelou que o debate sobre o uso dos parques da indústria de vacinas animais na fabricação da vacina para a Covid-19 já vem sendo tratado desde fevereiro. Na época, o Ministério da Saúde era comandado pelo general Eduardo Pazuello.
Com informações Assessoria
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