Da Redação
Presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, disse que "a maioria dos prefeitos é contra a antecipação dos feriados, simplesmente por antecipar as datas". “Se for assim, ao invés de frear a propagação do vírus, haverá uma aceleração ainda maior”, reforçou em relação à proposta do Estado.
Fraga participou de uma reunião com o governador Mauro Mendes, juntamente com líderes do setor produtivo (representes da Fiemt, Fecomércio, Famato), e chefes de outros poderes no domingo, no Palácio Paiaguás.
Isso, evidentemente vai provocar aglomerações e consequentemente, vai aumentar a propagação da doença no estado.
Na sua avaliação, "as pessoas aproveitam os feriados para viajar, visitar parentes, ir para a beira de rios, balneários, confraternizar com familiares e amigos, além de outras atividades de lazer fora de casa". “Isso, evidentemente vai provocar aglomerações e consequentemente, vai aumentar a propagação da doença no estado”, argumentou.
Por outro lado, se percebe através de dados estatísticos que os picos do contágio se deram após os feriados prolongados, a exemplo das festas de comemoração no final do ano e da própria realização das eleições municipais do ano passado.
O presidente da AMM, destacou ainda que, se o governo estadual antecipar os feriados, os gestores defendem que nesse período, sejam adotadas medidas mais restritivas e uma fiscalização mais intensiva, para que desta forma evite a circulação de pessoas, e assim, evita o aumento do número de contágio pelo novo Coronavírus.
Uma outra situação levantada pelo presidente da AMM, está relacionada a venda de bebidas alcoólicas. “Neste momento que estamos vivenciando a pandemia, somos pela proibição total de venda de bebidas alcoólicas por qualquer estabelecimento. Depois de um certo consumo da bebida, as pessoas perdem a noção de perigo, deixam de usar as máscaras e não se preocupam em manter a distância mínima, recomendada pela vigilância sanitária”, lembrou.
Ele frisou ainda, "que um outro agravante que o consumo de álcool traz, está relacionado aos inúmeros casos de acidentes no trânsito e também das vítimas resultantes de brigas por conta do consumo exagerado do álcool".
Infelizmente, o governo federal não priorizou a preservação das vidas das pessoas, ao negar a gravidade da doença, e negligenciar adoção de medidas de biossegurança.
Fraga alertou que, "como não existem leitos suficientes de UTIs por conta da pandemia, muitas dessas vítimas poderão vir a óbito por falta de um leito hospitalar".
O presidente da AMM levantou a situação preocupante de alguns prefeitos de municípios que possuem hospitais próprios, e que atendem pacientes com Covid, pela a possibilidade da falta oxigênio nas próximas 24 horas. “Inclusive já havíamos solicitado na semana passada, que o governo do estado ajudasse os municípios a superarem este problema”, disse. Ontem (22), o Governo emitiu nota assinalando os esforços do Estado para resolução desse cenário.
Ele lembrou que ainda no meio da reunião, o governador Mauro Mendes, de imediato começou a tomar algumas providências, no sentido de que a falta de oxigênio não venha ocorrer em Mato Grosso, como aconteceu no estado do Amazonas.
O presidente da AMM fez um apelo à população: “esperamos que as pessoas entendam que nesse momento de colapso total do sistema de saúde do estado, as autoridades públicas tem que tomar medidas 'amargas', mas que sejam eficazes e consigam frear em curto espaço de tempo, o avanço assustador dessa pandemia em Mato Grosso”.
Considerou ainda que "evidentemente a medida mais eficiente é a vacinação em massa. Infelizmente, o governo federal não priorizou a preservação das vidas das pessoas, ao negar a gravidade da doença, e negligenciar adoção de medidas de biossegurança, (como o uso de máscaras, distanciamento social e aglomerações), e muito menos adquiriu vacinas em tempo hábil e em quantidade suficiente que pudesse imunizar toda a população brasileira”, disparou.
Com Agência AMM
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