Da Redação
A bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional avisa que "vai solicitar uma audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), general Antônio Santos Filho". Na pauta, "a redução dos recursos para manutenção, restauração e pavimentação de rodovias em Mato Grosso" - sendo alvo de críticas contundentes no Estado - principalmente no âmbito do escoamento da produção.
A sugestão partiu do senador Wellington Fagundes (PL-MT). Segundo ele, "a redução no Orçamento do Dnit vem se acentuando a cada ano, colocando em risco todo o escoamento da produção agrícola no Estado, além da segurança dos usuários das rodovias".
Durante a reunião da bancada em Cuiabá, na segunda-feira (22), o senador Jayme Campos (DEM) também criticou a redução de recursos orçamentários para o Dnit. “Mato Grosso não pode prescindir das rodovias. Elas são fundamentais para o desenvolvimento do Estado. Vamos cobrar firme do governo federal para que os investimentos sejam garantidos”, disse.
Presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura, Fagundes cita, por exemplo, a pavimentação da BR-158, na região da reserva indígena Maraiwatsede, no Araguaia. “São 120 km que precisam de investimentos”, avaliou. O trecho foi dividido em dois lotes. O primeiro deles já foi licitado pelo Dnit, mas não há garantia de recursos para a obra, frisou.
No local, centenas de caminhões estão atolados e a demora no transporte de grãos coloca em risco a rentabilidade da produção agrícola do Estado. "O problema é recorrente e precisa ser resolvido de uma vez por todas", cobrou Fagundes.
Outra preocupação, segundo o senador, é quanto às BRs 242 e 174, que ainda possuem grandes trechos sem pavimentação. “Em época de chuva, vários pontos ficam intransitáveis, dificultando a vida dos moradores, caminhoneiros e produtores rurais."
O parlamentar lembra que Mato Grosso contribui com a balança comercial brasileira e, mesmo em período de pandemia, registrou aumento na produção agrícola. “Temos o direito de cobrar do governo federal esses investimentos."
Jayme Campos questionou, ainda, a demora na implantação de ferrovias, como a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), que deve ligar Mara Rosa, em Goiás, a Água Boa, em Mato Grosso, e a Ferrogrão, que deve sair de Sinop (MT) em direção a Miritituba (PA).
O superintendente do órgão em Mato Grosso, Antônio Gabriel, que visita o trecho da BR-158 nesta semana, os recursos chegam a R$ 280 milhões para 2021, suficientes para a conclusão da travessia urbana da BR-163/364 em Cuiabá, o contorno da BR-158 em Barra do Garças e a manutenção de alguns trechos. “Estamos contando com as emendas parlamentares para garantir algum investimento a mais”, diz o superintendente.
Com Assessoria
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