Da Redação
O debate promovido nesta sexta-feira (27) pela TV Vila Real, entre os dois candidatos ao comando da Capital de Mato Grosso - o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e Abílio Júnior (Podemos) - foi do início ao fim marcado pela troca de acusações.
O nível de enfrentamento entre ambos chegou a gerar "corte de áudio" - considerando os dois terem quebrado as regras do debate - sendo normas que devem em tese - ser seguidas à risca no momento das discussões.
Abílio Júnior utilizou a estratégia de atacar o prefeito sobre o caso que envolve o nome do chefe do Executivo municipal - sobre suposto recebimento de propina no Governo Silval Barbosa - e que Emanuel assevera que irá provar inocência na Justiça - pontuando ter sido o dinheiro recebido - segundo ele, relativo à dívida de campanha de Silval com seu irmão, o empresário Marco Pólo, o Popó.
Emanuel utilizou da tática de assinalar, por diversas vezes, o "despreparo" de Abílio Júnior para gerir o município - e assim pontuou que seu adversário "não tem capacidade" para administrar a cidade - citando nesse contexto que Abílio poder desconstruir o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) - à título de exemplo.
Na série de respostas e perguntas - que em vários momentos chegaram a seara de "ataque à honra" - Abílio manteve a estratégia de acusar a gestão do prefeito de suposta corrupção.
Emanuel, por sua vez, rebateu as alfinetadas mencionando "familiares fantasmas" do adversário - que nega as informações.
Emanuel também questionou o adversário acerca de seu conhecimento sobre a dívida ativa da gestão - entre outros pontos.
Abílio - no contra-ataque, também chegou a questionar a condução do debate - ameaçando deixar o espaço - caso não fosse concedido direito de resposta em momentos classificados por ele como falta de respeito - por parte de Emanuel - que também utilizou do pedido para revidar ataques.
Propostas
O modelo do debate - mesmo que não intencional - permite campo mais linear para troca de farpas e acusações entre os candidatos - como ocorre no período eleitoral ao longo dos anos.
O campo das propostas - hoje - ficou no último plano - considerando pouco tempo para exposição de eixos contidos no Mapa de Governo dos dois candidatos.
Em tempo, vale ressaltar que no período que antecedeu o início das eleições 2020 - a Justiça Eleitoral de Mato Grosso solicitou - por muitas vezes, empenho de todos os candidatos para o "bom combate" - ou seja, exposição de ideias e não de sobreposição de ataques.
Resta saber qual a leitura do eleitor que depositará nas urnas - no próximo domingo (29) - seu voto de confiança.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Violência institucional e responsabilidade de empresas: lições do caso TAP
TJ destaca: consumidor barra ação de cobrança de cheque prescrito
PEC da Blindagem: Uma Violação Constitucional e um Ataque Direto à Sociedade Brasileira
Excesso Digital: Como Evitar que isso Sabote Sua produtividade
AL aprova Orçamento 2026 do Estado de quase R$ 40 bilhões
Um dos melhores laboratórios públicos do Brasil, diz Mendes
Licenciamento de software: TJ nega recurso e mantém decisão
Operação no interior: PC derruba ponto de tráfico e prende suspeitos
PEC da blindagem é aprovada por deputados e vai ao Senado
Energisa na mira: Wellington e deputados debatem concessão