Da Redação
Mato Grosso deve receber recursos da ordem de R$ 1,6 milhões em emendas do senador Jayme Campos (DEM/MT) para aquisição de equipamentos para o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, e a defesa da criação da Força Nacional de Preservação Ambiental. O senador, que abserva necessidade de revisão sobre a seara de financiamentos - criticou duramente o quadro que paira sobre o modelo de ações na esteira do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
Ao analisar esse cenário, o parlamentar pontuou que "com mais de 2,2 milhões de hectares perdidos para as queimadas em 2020, o que representa 37% do bioma de Mato Grosso, o Pantanal é foco das atenções de todo o mundo, principalmente das autoridades europeias, assim como a Amazônia que também tem parte do seu território no Estado".
O FCO passou a ser um instrumento do Banco do Brasil em negociação, uma moeda de troca e isso tem que ser revisto.
Ressaltou que “temos que adotar medidas de aparelhamento para que os profissionais que estão no Pantanal todos os dias, possam adotadas medidas proativas visando não apenas debelar as queimadas, bem como fiscalizações futuras para que nunca mais o Pantanal passe por um sufoco como o vivenciado nestes dias."
O senador democrata defendeu que o presidente Jair Bolsonaro "promova a criação da Força Nacional Ambiental com atuação em todas as áreas de biomas do Brasil".
O Ministério da Defesa já empenhou recursos no valor de R$ 1,6 milhões e o senador Jayme Campos assinalou que "já formalizou o pedido para liberar os valores que serão aplicados através do Governo do Estado de Mato Grosso para que uma base seja instalada na cidade de Poconé, 104 km de distância de Cuiabá".
“A instalação de uma base definitiva, representa zelo, cuidado com este patrimônio da humanidade e meios para que os profissionais Bombeiros e da Defesa Civil possam atuar de forma efetiva, ou seja, que os esforços de todos tenham resultados positivos”, disse Jayme Campos.
O senador mato-grossense prometeu "se comprometeu em manter um nível elevado de investimentos através de emendas parlamentar individuais e de bancada para que a entrada de recursos para este tipo de atividade seja constante, perene".
Jayme Campos sinalizou ainda que "já trabalha para outras unidades do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil sejam implantadas em cidades fundamentais para a defesa dos ecossistemas como a Amazônia, Cerrado e Araguaia assim como está sendo feito com o Pantanal".
“Meu compromisso é assegurar recursos federais para atender essas demandas, pois somos um Estado iminentemente agrícola, maior produtor de alimentos e carnes, por isso necessitamos do equilíbrio dos ecossistemas, pois as queimadas ameaçam não apenas os biomas existentes, mas a produção de alimentos também”, explicou Jayme Campos.
Recentemente, Jayme Campos trouxe a questão ao Plenário do Senado Federal e emocionou os parlamentares ao descrever o cenário das queimadas no Pantanal mato-grossense. Segundo Campos, não há incentivos para o manejo ambiental no bioma, bem como faltam cuidados com o Cerrado e a Amazônia, que também integram Mato Grosso. Os senadores elogiaram o discurso e manifestaram solidariedade sobre a proteção do meio ambiente.
“Esses recursos chegam em boa hora, na medida em que o pantaneiro tem vivido um dos piores momentos de sua história, passando pela pior seca dos últimos 50 anos, onde os prejuízos têm sido incalculáveis para a fauna, a flora e, sobretudo, para o desenvolvimento social e econômico do estado como num todo. Infelizmente houve uma demora muito grande dos governos estaduais e federal em agir para socorrer a região”, destacou.
Jayme criticou as políticas públicas para a região. “Não há nenhum incentivo para o manejo ambiental no Pantanal, muito pelo contrário, o que houve foi uma invasão de pseudo-conhecedores da realidade que não sabem como é feito o manejo na região”, criticou Jayme.
Crítica ao modelo do FCO
Para ele, o Brasil precisa criar uma força nacional na preservação, sobretudo para a Amazônia e para o Pantanal. “Caso contrário não sabemos o que vai acontecer, talvez uma tragédia incalculável e jamais vista. A saída pode ser na reformulação dos financiamentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para atenderem à parcela de empresários pantaneiros que mais precisam de apoio”, opinou.
Desde que assumiu o mandato de senador, Jayme reiteradamente critica o direcionamento dos financiamentos do fundo a grandes empresas. “O FCO passou a ser um instrumento do Banco do Brasil em negociação, uma moeda de troca e isso tem que ser revisto. Precisamos aprovar aqui um estatuto especial para o Pantanal, caso contrário vai haver tragédias todos os anos”, disse.
Municípios – O Ministério da Defesa também empenhou outros R$ 2,2 milhões em emendas de Jayme Campos destinadas aos municípios de Nova Mutum, Barra do Bugres e Cuiabá. Os recursos fazem parte do programa Calha Norte. O montante dirigido a Nova Mutum, no total de R$ 960 mil, vai financiar a iluminação pública no distrito industrial Marcos Francisco de Morais. Já Barra do Bugres foi beneficiada com R$ 720 mil para a construção de uma praça e a capital mato-grossense recebeu R$ 576 mil para a construção de um Centro de Múltiplo Uso no bairro Novo Terceiro.
Com Assessoria
Ainda não há comentários.
Veja mais:
PC mira grupo acusado de esquema para desviar cargas de soja
Operação: Polícia Militar reforça segurança nos municípios de MT
PM confirma prisão de membros de facção que queriam matar rival
Empresas afetadas por tarifaço podem pedir crédito do Brasil Soberano
Estado destaca: MT tem 2ª safra de milho com recorde de produção
Operação aponta irregularidades em bombas de combustíveis de MT
TCE alerta sobre ações a prevenção ao suicídio entre crianças
Violência institucional e responsabilidade de empresas: lições do caso TAP
TJ destaca: consumidor barra ação de cobrança de cheque prescrito
PEC da Blindagem: Uma Violação Constitucional e um Ataque Direto à Sociedade Brasileira