Da Redação
O antigo zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) poderá se transformar em um Centro de Triagem e Tratamento de Animais apreendidos de contrabando ou vítimas de queimadas e outros desastres. A proposta vem sendo discutida entre a direção da universidade, a Faculdade de Medicina Veterinária, o Conselho Estadual de Medicina Veterinária (CMRV) e o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que preside a Comissão Temporária Externa do Pantanal, criada no Senado para elaborar um Estatuto para o Pantanal.
Na terça-feira (29), o senador visitou o antigo zoológico, fechado em 2018, acompanhado do reitor, Evandro Silva, do diretor da Faculdade de Medicina Veterinária, Roberto Lopes, e da diretoria do CRMV. No local, ainda estão 600 animais, inclusive quatro onças, além de tamanduás, jacarés e jaguatiricas, dentre outros.
Segundo o professor Roberto Lopes, o projeto prevê a reforma dos recintos dos animais e a transformação do antigo zoológico em um Centro de Triagem e Tratamento de Animais, que ainda vai possibilitar a capacitação de alunos da Medicina Veterinária, o programa de residência, de pesquisa e extensão e de educação ambiental. “Hoje, a sociedade não quer mais zoológicos com animais presos em jaulas”, avalia. “Por isso, achamos que o melhor caminho é transformar o antigo zoológico em um Centro de Triagem e tratamento de Animais”, diz o professor.
Em Mato Grosso, não existe um único centro e a estrutura mostrou-se ainda mais importante neste momento em que o bioma pantanal registra grandes incêndios, que já resultaram na morte de milhares de animais.
Hoje, alguns desses animais vítimas dos incêndios estão sendo tratados em outros centros médicos, como é o caso de duas onças resgatadas com as patas feridas. Ambas foram transferidas para Goiânia. Na UFMT, os veterinários tratam hoje de um tamanduá bandeira que foi vítima das queimadas urbanas.
Segundo o senador, a falta de estrutura para recebimento e tratamento desses animais será um dos temas a ser tratado nas próximas reuniões da Comissão Temporária Externa do Senado. “Essa situação é muito grave. Mato Grosso registra grande número de animais vítimas de contrabando e de acidentes, como é o caso de atropelamentos, queimadas etc. Não podemos continuar sem uma estrutura para recebê-los e tratá-los”, disse.
Com Assessoria


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