Da Redação
A possibilidade de prorrogação do período de quarentena coletiva - valendo para Cuiabá e Várzea Grande, gerou novas manifestações de representantes de segmentos no Estado - leia-se da Fecomércio-MT.
A entidade destaca que "o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, e demais representantes ligados ao comércio e indústria se reuniram por videoconferência com o secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (SEDEC-MT), César Miranda, na quarta-feira (8), para discutirem o impacto da prorrogação da quarentena forçada por mais 14 dias na capital e região metropolitana".
Consideram que "apenas as atividades consideradas essenciais estão com permissão para funcionar desde o último dia 25 de junho, deixando grande parte do comércio de portas fechadas. O prazo final da decisão judicial está previsto para encerrar nesta quinta-feira (9)".
A medida é uma solicitação da 7ª Promotoria de Justiça Cível do Núcleo de Defesa da Cidadania de Cuiabá, proposta pelo promotor Alexandre de Matos Guedes, e aguarda o parecer do judiciário para entrar em vigor.
Na justificativa, é apontado que a secretaria estadual de Saúde mantenha as duas cidades com risco de classificação “muito alta” para a transmissão da doença.
Porém, os representantes do comércio e da indústria, que também participaram do debate, contestaram a decisão e solicitaram uma reunião com o juiz sobre a decisão do juiz José Luiz Lindote, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Várzea Grande, antes da audiência entre ele e os gestores de Cuiabá e Várzea Grande, marcada para ser realizada nesta quinta-feira, às 15h.
Wenceslau ressaltou que “a entidade, desde o início da pandemia – em meados de março – elaborou cartilhas e campanhas institucionais veiculadas em emissoras de TV, com os protocolos de biossegurança recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E apesar de todo esforço que os representantes do comércio estão empregando no combate a disseminação da doença, não estamos sendo consultados nas tomadas de decisões do Judiciário, nem das prefeituras municipais. Já solicitamos, porém não fomos incluídos nos grupos de combate à Covid-19”.
Por meio dos agentes de saúde do Sesc e Senac-MT, a entidade percorreu centenas de estabelecimentos comerciais distribuindo máscaras de proteção facial, álcool em gel e instruindo sobre a limpeza do ambiente e distanciamento social.
“De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Mato Grosso, foram registrados recordes de pessoas infectadas pela Covid-19 nos últimos dias, mesmo com parte dos estabelecimentos do comércio fechados. Isso mostra que é necessário a conscientização da população em relação a prevenção, no ambiente social e familiar. Já que conseguimos cuidar dos clientes e dos nossos colaboradores enquanto eles estão na empresa”, afirmou o presidente da Fecomércio-MT.
Para completar, Wenceslau alertou que além da pandemia, Mato Grosso está à beira de outra crise – econômica e social – com a falência de inúmeros estabelecimentos comerciais e ocasionando o aumento no número de desempregados.
O secretário da SEDEC-MT, César Miranda, propôs que as entidades elaborem um relatório técnico onde fique comprovado que não é a abertura do comércio a causa do aumento dos casos de pessoas infectadas, e acrescentou sobre a possibilidade de propor escala de funcionamento entre os segmentos considerados não essenciais.
Também participaram da reunião Nelson Soares - presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Jonas Alves - presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (FACMAT), Júnior Vidotti - diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados e Couros de Mato Grosso (Sincalco-MT), Fernando Medeiros – diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel), Sérgio Antunes e Claúdio Vilela – diretores do Sindicato das Indústrias de Confecção, Fiação e Tecelagem do de Mato Grosso (Sinvest/MT), Gustavo Oliveira – presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT) e Margareth Buzetti – presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC).
A Fecomércio pontua que "contribuíram com a discussão da pauta os adjuntos da SEDEC-MT, Jefferson Moreno, Celso Banazeski, Walter Valverde, Eulália Oliveira, o adjunto da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (SECEL-MT), Jefferson Neves, e a procuradora do município de Várzea Grande, Sadora Xavier".
Com Comunicação Fecomércio
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