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Estados estão comprando testes errados, muitos até criminosos, assevera pesquisador

  • Em Geral
  • 21/06/2020 09:06:27

Rafaela Maximiano - Da Redação

Os testes utilizados no Brasil para detectar a Covid-19 não são efetivos e possuem baixa taxa de assertividade, o que resulta nos chamados falsos resultados negativos. O alerta é do analista de governança em gestão e serviços de saúde, doutor e pesquisador na área, Laudicério Machado, também representante da empresa norte-americana Med Gear em Mato Grosso.

“Os Estados estão comprando os testes errados, muitos até criminosos. Mas não é por má intenção e sim por falta de informação. Muitos desses testes adquiridos pelo poder público só podem ser produzidos para uso exclusivo de diagnóstico ou apoio do próprio laboratório que o fabrica, por isso não pode ser comercializado. Podemos citar RUO, ACR e IOU, que são utilizados em pesquisas e apoio ao diagnóstico não podendo ser comercializados”, afirmou o especialista.

Não adianta os governantes fazerem algo paliativo como o toque de recolher sem fazer a testagem em massa e o rastreamento.

Mas o real problema está na assertividade do teste. Segundo Laudicério Aguiar Machado as marcas de testes IGG-IGM utilizados hoje no Brasil, inclusive em Mato Grosso, possuem uma margem de erro de 75%, o que geral o falso negativo nos resultados. Ainda segundo Laudicério Machado, há apenas um teste de sangue IGG-IGM, que detecta com 95% de acerto e é Sul Coreano.

“A Organização Mundial de Saúde reconhece o teste Sul Coreano porque em 2015 a Coréia do Sul sofreu com pandemia da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, a MIRS, uma variação do coronavírus, e desde então estão estudando o vírus e a testagem em massa”, disse.

Outro alerta do especialista é que sem a testagem em massa com um teste efetivo o isolamento social e paralisação total dos estabelecimentos de uma forma geral é uma estratégia ineficiente de combate ao coronavírus.

“A partir do momento que uma pessoa é diagnostica com a COVID-19 é preciso identificar e rastrear quem são as pessoas com que ela teve contato e testá-las também. Isso é rastreamento em massa. E, importante com um teste correto que não dê falso negativo, porque do contrário os gastos com testes só aumentam, pois a pessoa com falso negativo precisará ser testada novamente, e, as que tiveram contato com ela também. Isso sem falar nos altos investimentos com leitos de UTIs”, detalha.

Taiwan, Estados Unidos Nova Zelândia e Equador estão na lista dos países que adotaram o sistema de testagem em massa. A Nova Zelândia foi o primeiro país do mundo a erradicar a covid-19 de seu território.

“Não adianta os governantes fazerem algo paliativo como o toque de recolher sem fazer a testagem em massa e o rastreamento. Existe um produto com eficiência de resultados em 22 minutos a 1hora. Detecta o vírus ativo no corpo após 24horas de contaminação. Isso contribuiria para que parte da sociedade não se isole por mais de sete dias”, conclui.




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