• Cuiabá, 21 de Outubro - 00:00:00

Cerca de 80% do DEM querem somar conosco, afirma Emanuel Pinheiro sobre disputa à reeleição


Sonia Fiori – Da Editoria

Na noite da última sexta-feira (13), numa agenda “concorrida”, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) recebeu a equipe do FocoCidade, no Palácio Alencastro, para um balanço das ações de sua gestão, considerando passados três exercícios e a "indefinição" sobre os planos políticos nas eleições 2020.

Ao se reportar aos resultados, Pinheiro se empolga descrevendo extensa lista de entregas e metas para o findar do mandato, dando ênfase nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social – que ganhou projeção sob responsabilidade da primeira-dama, Márcia Pinheiro.

O quesito “orçamento”, sendo um desafio para a maioria dos gestores de municípios, também se aplica à Capital do Estado, que confere estimativa de crescimento na Lei Orçamentária Anual (LOA) com R$ 3,3 bilhões no próximo ano – mas precisa da tônica de ampliação.  

Segundo o prefeito, o alinhamento à bancada federal deve assegurar via emendas, e descreve as pontuadas pelo deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB) e os senadores Jayme Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL), avanços na Saúde ao subsidiar, por exemplo, o projeto do HFam – Hospital da Família – sendo obra desenhada no contexto da abertura do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

Pinheiro faz questão ainda de frisar o conceito de sua administração: humanização, inclusão e justiça social.

Sobre o projeto político, repete o mantra de “indefinição” acerca de eventual candidatura à reeleição, e nega a construção nos bastidores de outro cenário em seu grupo com foco nas eleições gerais de 2022 – mirando o comando do Palácio Paiaguás – e que segundo fonte, contaria no centro das articulações a “análise” de um dos mais astutos líderes do Estado: Carlos Bezerra.

E na leitura dos antecipados anúncios de respaldo de um amplo leque de legendas sobre projeto à reeleição, o prefeito é categórico: “Isso é público e notório e boa parte do DEM, se tiver uma liberdade maior, cerca de 70% do DEM, 80% do DEM quer somar conosco, está muito entusiasmado com a gestão inovadora, intensa, apaixonante que estamos fazendo em Cuiabá”.

Pinheiro aborda na entrevista outros pontos polêmicos como o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos – aguardando decisão do Governo do Estado.

Confira a entrevista na íntegra:

Findado três anos de gestão, e considerando vários desafios principalmente na área da saúde, o que o senhor colocaria como principal para esse último ano de mandato e num momento em que ainda não oficializou o projeto político?

O principal desafio que temos na gestão é dar sequência aos compromissos que tenho com a população cuiabana, tendo como carro-chefe a Saúde, Educação e Assistência Social que são os compromissos de reestruturação do sistema, humanização do sistema, entrega das obras, das ações e projetos para que cheguem lá na ponta com eficiência e com dignidade para melhorar a vida da população, promovendo com base nessas ações a inclusão e a justiça social. Então esses compromissos todos estabelecidos em campanha, a maioria esmagadora está no Plano de Governo, eu digo isso porque já estou entregando muito mais do que aquilo que me comprometi no Programa de Governo. Agora eu entro para o quarto e último ano de mandato, como exemplo na área da saúde, já que vamos entregar nessa semana a UPA Verdão, eu entro para entregar no último ano no aniversário de Cuiabá a UPA Jardim Leblon, entregaremos em abril de 2020, além de dezenas de unidades básicas de saúde construídas, novas, outras que eu recebi esqueleto a céu aberto, obras abandonadas, paralisadas, que eu resgatei essas obras no Ministério e também vou entregar, além de uma reestruturação completa da atenção básica e secundária. Na secundária eu entrego o mandato com quatro UPAs, recebi com duas e entrego com mais duas. Só na minha gestão entreguei duas UPAs, e estou reestruturando toda a atenção básica, promovendo o fortalecimento dos agentes comunitários de saúde, os agentes de endemias e principalmente priorizando, focando no último ano essa reestruturação da atenção básica, porque você promovendo a saúde, prevenindo a saúde, você terá um sucesso muito maior e a população vai precisar menos da atenção secundária ou terciária. Então é um avanço muito grande na saúde pública e na mesma linha vai a Educação e vai a Assistência Social com inúmeras entregas que estamos fazendo e fizemos ao longo desses três anos de mandato e que vamos continuar no quarto ano.

O senhor já definiu o período de entrega do HFam e o campo de recursos para manutenção?

O HFam, que vai ser o Hospital da Família, vai ser no antigo Pronto Socorro de Cuiabá, que já estamos com projeto arquitetônico, já estamos licitando o projeto executivo, vamos reformar todo o antigo prédio do Pronto Socorro que é muito depredado, tem uma estrutura velha que precisa ser totalmente reformada e ali vai funcionar o HFam, que eu já batizei de HFam, Hospital da Família, vai ser o materno infantil, vai ter a ala de idosos, ala de cuidados paliativos que são aquelas pessoas que estão em fase terminal de vida e não tem onde passar seus últimos dias com dignidade, vai ter a saúde mental e a rede cegonha para gravidez de alto risco. E a reforma geral de toda a rede física está prevista para R$ 35 milhões, só para o ano que vem. Para dar início a esse processo, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, com apoio do senador Jayme Campos já aportaram R$ 18 milhões para 2020. E para 2021, os R$ 17 milhões restantes os 10 membros da bancada federal, os 8 deputados federais mais o senador Jayme Campos e o senador Wellington Fagundes já asseguraram R$ 1,7 milhão da emenda individual de cada um para 2021, para dar sequência e conclusão da obra de reforma completa no antigo Pronto Socorro de Cuiabá, que vai ser o HFam, Hospital da Família.

Que leitura faz dos seguintes contrapontos: a projeção é de avanços na arrecadação com o orçamento 2020, e os índices do Firjan (que colocou a Capital como 3ª pior em gestão fiscal) e que o senhor contrapôs em relação à metodologia que mudou (na avaliação dos índices entre 2017 e 2018), e a recente notícia sobre o PIB de Cuiabá que é destaque.

Esses indicadores são importantes, mas são conflitantes até porque mudam muito a metodologia. Eles mudam muito o modo de aferição, mas em todos eles há uma unanimidade: Cuiabá é um município pujante, tem uma ótima saúde financeira e a gestão hoje é feita com base no equilíbrio das contas públicas com total respeito à Responsabilidade Fiscal. Temos uma capacidade de pagamento privilegiada, uma capacidade de endividamento dentro de um limite de total equilíbrio e responsabilidade, fazendo com que todos os investimentos que precisam ser feitos especialmente em infraestrutura, tão necessário ainda e que é um grande desejo da população, até para dar esse “up” de desenvolvimento urbano com modernidade, arquitetura urbana e mobilidade urbana. Esse casamento aí que Cuiabá precisa, porque é uma cidade de médio porte, pujante e que teve o crescimento assustador nos últimos anos e se mantém daqui para a frente. Então todos esses indicadores apenas comprovam a ótima saúde financeira do município e praticamente avalizam a gestão com responsabilidade fiscal e total equilíbrio das contas públicas que promovemos em Cuiabá.

Na linha da defesa municipalista, como está o impacto para Cuiabá em relação aos atrasos a cargo do Governo Federal, como o FEX, e a expectativa de mudanças na seara do Pacto Federativo?

O Pacto Federativo é quase que uma lenda, porque o que a gente vê e entra ano, sai ano, e o deputado federal Emanuelzinho tem levantado essa bandeira com muita propriedade na Câmara Federal, o que a gente vê é uma concentração de recursos na mão da União e uma concentração de responsabilidade nas mãos dos estados e principalmente dos municípios. Como se assume responsabilidade sem ter o recurso? O município sempre fica numa situação muito difícil, precisando cada vez mais das parcerias com os Governos e repasses dos Estados e especialmente da União, e acaba dificultando avanços mais significativos em diversas áreas. No início da nossa entrevista eu expus o conceito da minha gestão, a base, os fundamentos da minha gestão, ou seja, uma gestão humanizada visando o investimento nas pessoas, na melhoria da qualidade de vida da população, investir numa cidade pensando em gente. Esse é o foco, base, fundamento da Saúde, Educação e Assistência Social. Em todas essas áreas os investimentos que estamos fazendo são fruto de um sacrifício quase que sobre-humano de toda nossa equipe. Está tendo o apoio do Governo Federal mas muito aquém do que aquilo que Cuiabá merece e precisa. Isso não é culpa do Governo atual, até acho que com sua filosofia de Mais Brasil e Menos Brasília, ele tenta quebrar as amarras burocráticas, mas isso causa um sofrimento muito grande, penaliza muito os municípios. Para manter as contas em dia você tem que ter muita responsabilidade, e estar atento constantemente para as nuances, as intempéries que atingem as contas públicas em nível nacional, estadual e municipal. Mas independente de todo esse cenário, eu confio que o Congresso Nacional, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, que a intenção dele com apoio do Congresso Nacional, que é a Casa do povo brasileiro e conhece muito bem a realidade dos municípios brasileiros, vão promover o tão sonhado Pacto Federativo e os municípios que são a base de todo processo de investimentos, de avanço e mudanças no Pacto Federativo, porque a população ela não vive no Estado e não vive na União, ela vive no município. Podem vir as obrigações, mas que venham os recursos para financiar essas obrigações. Tenho esperança grande que nos próximos anos o Pacto Federativo deixe de ser um sonho, deixe de ser uma lenda e passe a ser uma realidade para o bem do municipalismo, para o bem do Brasil.

Quando se fala na saúde e o senhor tem colocado situação de atrasos no contexto do Governo do Estado, que por sua vez responde serem restos a pagar da gestão Pedro Taques e com andamento conforme disponibilidade de caixa. Então a questão política poderia pesar e gerar reflexos negativos em razão dessa relação Estado e município?

Eu acho que pesa. É lamentável até a gente analisar dessa forma, ela acaba pesando. E não deveria pesar. As relações elas devem ser institucionais, de alto nível, as diferenças político-partidárias vão existir sempre e é bom que existam, a base da democracia é isso, a convivência entre as diferenças, prevalecendo sempre a vontade da maioria. Então essa é a dimensão da democracia, ela as vezes parece que interfere, mas eu trabalho muito para superar isso e não deixar, nem de um lado e nem de outro, que essas diferenças políticas possam prejudicar Cuiabá. Então Cuiabá em primeiro lugar, Cuiabá acima de tudo. Tenho que saber a responsabilidade minha enquanto prefeito de Cuiabá e para exercer essa responsabilidade, para exercer esse ofício, a gente tem que ter uma convivência de alto nível com o governador do Estado, com o Governo Federal, com as autoridades constituídas, independente se temos diferenças político-partidárias ou não.

É aguardada a sua definição de projeto político, e o senhor pontuou por várias vezes apoio antecipado de pelo menos 13 legendas. O que está adiando a decisão?

Bom, esse apoio de um grande arco de alianças formado por 13 grandes partidos, é uma demonstração de que estamos no caminho certo, porque é uma gestão de entregas, de realizações, é uma gestão que se esforça muito para avançar e realizar a saúde pública, que vem fazendo a diferença na Educação Pública Municipal, não apenas na entrega de CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil) que já entregamos cinco e pretendemos dobrar esse número para 2020, não apenas na criação do CEICs que é um fato inédito em todo o Brasil. Cuiabá tem o seu próprio Programa Municipal de Edificação na Educação Infantil. O Governo Federal tem o CMEI, Cuiabá tem o Centro de Educação Infantil Cuiabano onde a gente aumenta a oferta de vagas na Educação Infantil sem precisar de mais um CMEI. Então nós promovemos grandes ações na Educação pública, entregamos material escolar, Kit de uniforme completo para todos os 54 mil alunos da rede. Ano que vem vamos repor esse material escolar, vamos dar tênis para todas as crianças e vamos dar Kit material escolar completo para todas as crianças, ou seja, não vai ser só o uniforme, vai ser também o material escolar completo, e além de Bom de Bola, Bom de Escola, além da inteligência emocional, além de tantas outras ações na educação pública como o primeiro projeto pedagógico, depois de 20 anos, fizemos um projeto pedagógico nosso, a Escola Cuiabana, com valorização dos profissionais da Educação, da categoria, honrando os compromissos não só como salário no último dia do mês, mas respeitando todos os avanços e direitos dos trabalhadores. Enfim, Cuiabá não é só um canteiro de obras, Cuiabá também é um canteiro de valorização dos profissionais da educação e dos servidores públicos de uma forma geral. E esse mesmo perfil vale para a Assistência Social com a reforma e ampliação dos quatro CCIs – Centro de Convivência de Idosos, dos 14 CRAS (Centro de Referência e Assistência Social), dos dois CREAS (Centros de Referência Especializados de Assistência Social), além de inúmeras outras ações que a primeira-dama comandou que vem fazendo uma diferença enorme na valorização do ser humano, na capacitação, no empreendedorismo. O programa Qualifica Cuiabá é uma inovação onde mais de 3 mil profissionais se formaram, que tinham uma vocação mas não tinham oportunidade de se capacitar, de se qualificar, então a primeira-dama coordenou esse trabalho junto ao Senai, junto a Fecomércio, e capacitamos, e preparamos e já está surtindo efeito. Mais de 3 mil homens e mulheres, especialmente mulheres, de ajudar mais na renda, o orçamento familiar e assim sucessivamente inúmeros programas sociais que eu quero fechar leque, com o Programa Bem Morar que a prefeitura reforma a sua casa. É um programa de preocupação com o ser humano, a cara da minha gestão, preocupação com gente, prioridade aos mais carentes, aos mais humildes, aos menos favorecidos. É um programa custo zero para o cidadão, não é financiamento, não é dinheiro emprestado não, mínimo de R$ 2 mil e o máximo de R$ 12 mil para aquela família que precisa reformar a sua casa, que acaba querendo entrar num programa de habitação popular, acaba desistindo de fazer qualquer melhoria na sua casa porque não tem dinheiro, o orçamento não sobra. Aí entra a prefeitura com o Bem Morar, a prefeitura reforma a sua casa, amplia, reforma um banheiro, reforma a sala, amplia um quarto para a filha que casou, o marido largou, está com dois filhos, o pai e a mãe recebem a filha com mais um quartinho, mais um banheiro, enfim, aquela dignidade que todos devem ter de ter o investimento na sua casa, no seu patrimônio. Então são todas obras e ações e projetos de um cunho social muito grande, e sempre priorizando o mais carente e o menos favorecido. Eu fiz toda essa abordagem, voltando à primeira pergunta porque os fundamentos da nossa gestão têm sido um sucesso de reconhecimento popular e essas forças político-partidárias reproduzem tudo isso. Eu fico satisfeito com essa demonstração de apoio desses partidos que se eu aceitar, se eu for o candidato a liderar e continuar à frente desse processo de transformação, e de humanização da gestão pública municipal e da própria Capital, esses partidos somam conosco. Isso me deixa muito feliz, muito lisonjeado e até muito emocionado mas eu tenho uma questão familiar. Tenho um compromisso com minha esposa, e ela acha que devemos cumprir os quatro anos de mandato pensando na gestão, nos mais humildes, nos mais carentes, levando o máximo de entregas que a prefeitura puder dar para melhorar a vida das pessoas, para promover a inclusão e a justiça social, e para fazer de Cuiabá uma cidade cada vez mais linda, moderna e desenvolvida. E ela pede isso para mim: vamos cumprir essa missão. O processo eleitoral acaba atrapalhando esse ritmo intenso que a nossa gestão vive, e também ela está cansada. O Poder Executivo consome muito e são 30 anos de vida pública. Eu tenho esse pedido que pesa, e muita gente não acredita, mas pesa muito na nossa decisão, mas eu sou político, tenho 30 anos de vida pública com mandatos, tenho um grupo político muito grande, então não vou pegar ninguém de surpresa. Caso eu não seja candidato, vou informar em abril, no período das comemorações dos 301 anos de Cuiabá, até lá quero anunciar se aceitarei a convocação dos partidos aliados e dos novos partidos que estão vindo, ou se atenderei o apelo familiar para não me candidatar e dar um tempo. Até porque existem várias formas de contribuir com  a minha cidade e com a terra que eu nasci. Não precisa ser prefeito para continuar trabalhando e contribuindo com Cuiabá.

Nos bastidores aventa-se seu nome às eleições gerais, o Governo...

(Risos) Isso aí é um sentimento dos mais apaixonados, eu até brinco com eles, são os Pinheiristas mais apaixonados, alguns mais afoitos que defendem até, e não deixei nem prosperar essa discussão, que defendem que eu termine o mandato como a minha esposa deseja, cumprindo e honrando todos os compromissos, entregue o mandato com chave de ouro para o sucessor, para me preparar para um projeto maior de Governo do Estado em 2022. Mas como eu disse, é mais emoção do que de razão de grandes aliados que eu costumo brincar chamando de Pinheiristas apaixonados.

Como está o contexto no DEM, levando em consideração a amizade com líderes como o senador Jayme Campos. Acha mesmo que há uma divisão no DEM?

Eu não sei se há divisão no DEM. Eu sei que há a aprovação de boa parte no DEM em relação ao nosso nome e a gestão Emanuel Pinheiro em Cuiabá. Isso é notório e é motivo de muito orgulho porque eu tenho uma ótima relação com o DEM. Eu vim de lá. Sou oriundo do PFL, no PFL tive quatro mandatos, fui filiado ao partido por 15 anos, fui duas vezes vereador em Cuiabá pelo PFL, fui deputado estadual pelo PFL, fui candidato a prefeito de Cuiabá a primeira vez no ano 2000 pelo PFL e temos uma amizade histórica, de família. O meu pai com o seo Fiote, pai do Júlio e Jayme, de 60 anos, e isso você não quebra do dia para a noite. Então eu sou fruto desse grande grupo político, especialmente na geração Jayme, Júlio, Jonas, eu entrei na vida pública e tenho muito apoio deles. Jayme e Júlio me ajudam muito em Cuiabá e são empolgadíssimos com a minha gestão. O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, não é diferente. Dilmar Dal’Bosco, líder do Governo, não é diferente, o vice-presidente da Executiva municipal no partido, o advogado João Celestino Corrêa da Costa, não é diferente. E todos eles já deixaram público, não estou fazendo nenhuma revelação aqui. Isso é público e notório e boa parte do DEM, se tiver uma liberdade maior, cerca de 70% do DEM, 80% do DEM querem somar conosco, estão muito entusiasmados com a gestão inovadora, intensa, apaixonante que estamos fazendo em Cuiabá.

Nessa questão ainda do projeto político, o MDB que aposta no seu nome também é base do Governo. Em se confirmando, projetando eventual projeto à reeleição, como ficaria esse aspecto do apoio da legenda na AL ao Governo. Dá para separar isso e cobraria do partido?

É um equilíbrio muito difícil, é uma linha muito tênue, não é. Mas eu procuro contribuir com o partido, eu não cobro nada do partido. Vocês nunca me viram cobrar nada. Eu respeito muito todas as lideranças do meu partido, o nosso grande líder Carlos Bezerra, nossos deputados estaduais, nossos dois federais, Bezerra e Juarez Costa, e todo esse patrimônio político-partidário que tem no nosso Estado, que é o MDB. Então não cobro nada, em nenhum momento vou promover o constrangimento dos quatro deputados estaduais que estão na base, ao contrário, eu quero que eles ajudem muito nosso Estado e que eles ajudem muito Cuiabá junto ao Governo do Estado, e que dessa forma, Cuiabá saia ganhando com a força política deles. Eles podem carrear ações, obras, recursos e projetos para Cuiabá. E acabam sendo eles os políticos nessa ponte para melhorar a relação do Palácio Alencastro com o Palácio Paiaguás. Nunca cobrei e jamais vou cobrar uma radicalização do meu partido, dos nossos deputados com o Governo do Estado, até porque acho que isso seria  prejudicial a Mato Grosso, isso seria prejudicial para Cuiabá. Eu jamais estarei à frente de nada que seja prejudicial a minha cidade, ao meu Estado.

Em relação à vaga ao Senado, o senhor defende um nome do partido?

Tudo isso foi muito traumático, nunca é bom a eleição dessa forma, depois de termos uma senadora eleita nas urnas, todo esse processo junto à Justiça Eleitoral, muda essa composição e uma eleição inesperada vai acontecer em Mato Grosso. O único Estado do país que vai ter eleição para uma vaga a senador da República em 2020, então eu acho que é menos partido e mais Mato Grosso agora nesse momento. Temos que ter quase que uma harmonia estadual e buscar ao máximo, tentar ao máximo uma construção de candidatura convergente.

Um grupo, com integração do ex-ministro Blairo Maggi, já está discutindo...

Precisamos de candidaturas mais harmônicas, que evitem a polarização ideológica, que seja mais, não digo unanimidade porque isso não existe, mas que seja mais Mato Grosso, mais harmonia, mais união, mais convergência.

O nome do Blairo Maggi nesse quadro.

É um nome de peso, que se encaixa nesse perfil, mas têm outros nomes também, mas sem sombra de dúvida o Blairo Maggi é um dos maiores líderes políticos da história desse Estado e ele encaixa nesse perfil. Mas têm outros nomes que podem ser construídos até porque o ex-governador Blairo Maggi anunciou de público que não tem interesse em se candidatar e que está fora do processo político eleitoral. Ele continua no processo político e faz questão de participar, o que é muito bom para Cuiabá, Mato Grosso e o Brasil ter o ex-ministro Blairo Maggi presente na agenda política administrativa.

VLT. Temos mais um ano de mandato do Governo fechando, o governador diz que aguarda o estudo técnico e houve recente decisão da Justiça de manter suspensão do contrato do Consórcio. Qual sua expectativa na defesa do debate sobre o modal com participação nas discussões dos municípios (Cuiabá e Várzea Grande).

Vejo com muita angústia essa situação do VLT até porque do meu ponto de vista, é vontade política. Se não pegar, agarrar no chifre do boi como diz o ditado popular, não partir pra cima, não chamar as forças políticas municipais, Cuiabá e Várzea Grande que são as duas maiores interessadas e as duas mais agredidas pelo fracasso até agora do VLT. Se não chamar as forças políticas estaduais, e se não tiver ao lado de braço dado com a bancada federal, nenhum governador do mundo vai conseguir desatar esse nó, resolver esse imbróglio que se transformou, infelizmente, o VLT. Aquilo que era para ser um grande conto de fadas virou uma novela mexicana, e quem paga o pato com isso é Cuiabá e Várzea Grande, com cicatrizes profundas agredindo a nossa cidade, o nosso meio ambiente, a nossa estrutura urbana, mas o que é pior: perdendo a oportunidade de virar a página com desenvolvimento humano, com o transporte coletivo e no desenvolvimento econômico e social que uma obra pujante e futurista como o VLT proporciona. Então eu continuo sugerindo, porque o VLT é uma responsabilidade direta do Governo do Estado, que chame de uma vez, pôr toda à mesa as lideranças políticas de Cuiabá e de Várzea Grande, estaduais, e especialmente, coloque ao seu lado a bancada federal mato-grossense, os nossos 11 representantes no Congresso Nacional. Somente dessa forma nós podemos enxergar a luz no fim do túnel, superar os desafios, enfrentar os obstáculos que estão aí à frente para realizar esse sonho da população, principalmente da maioria esmagadora da população mais humilde que depende da humanização no Transporte Coletivo.

Mensagem

Mensagem de fé, esperança, de desenvolvimento, de alegria e de uma fé inabalável no povo cuiabano e na nossa Capital. Eu sou muito otimista quanto às perspectivas futuras para Cuiabá. Estamos fazendo a nossa parte para que a base desse processo que vai ser uma verdadeira mola propulsora do desenvolvimento econômico e social de Cuiabá para os próximos anos, é de que a cidade vai ser a grande Capital do país, vai ser o celeiro do desenvolvimento humano do nosso país, pela localização geográfica privilegiada, pela economia pujante, ainda em desenvolvimento, pelo simbolismo do gigante adormecido no turismo. Temos uma vocação turística extraordinária, mas ainda pouca explorada, adormecida, por uma cultura enraizada nos seus 300 anos de história, por um povo extraordinário, hospitaleiro, honesto, honrado e trabalhador que se mesclou com outras culturas, com outros perfis que migraram para cá e construíram uma sociedade híbrida, que melhorou mais ainda o nosso potencial em todos os aspectos, pela nossa fé cristã. Cuiabá é uma cidade que tem uma fé cristã extraordinária que eu vejo em poucas capitais do país, por um clima abençoado, enfim, eu acredito demais em Cuiabá, eu tenho um otimismo e uma fé muito grande em Cuiabá, na nossa gente e no nosso povo. Vejo um futuro brilhante para nossa cidade e como prefeito nos seus 300 anos estou fazendo a minha parte para preparar as bases, os fundamentos dessa Capital do amanhã, essa cidade que vai explodir em desenvolvimento em todos os aspectos para o amanhã. Será uma referência nacional.




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