Da Redação
Com o retorno do recesso na Câmara dos Deputados e no Senado nesta semana, a expectativa fica por conta da continuidade da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o regime previdenciário no Brasil. A previsão é que já nesta primeira semana a matéria tenha sido votada de forma definitiva pelos deputados federais e siga para o Senado.
Para falar sobre este e outros assuntos, a Entrevista da Semana ao FocoCidade é com o deputado federal mais votado em Mato Grosso nas eleições do ano passado, Nelson Barbudo (PSL). Ferrenho defensor do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ele tem defendido desde o início da gestão todas as propostas apresentadas pelo Executivo, inclusive a reforma.
Além da reforma da previdência, Barbudo defende outras mudanças no país, pontuando que "junto com a promulgação da PEC, tirarão o país do quadro de estagnação econômica que já perdura mais de uma década e permitirão a Bolsonaro implementar outros projetos que trarão melhora na vida dos brasileiros".
Barbudo também fala da situação do PSL, partido presidido por ele em Mato Grosso, e anuncia um ato ampliado de filiação, neste mês, em Cuiabá.
Confira a entrevista na íntegra:
Logo no retorno do recesso, os deputados terão que votar em segundo turno a reforma da Previdência? Qual sua avaliação sobre ela e a expectativa de resultado?
Bom, conseguimos avançar muito ao longo dos últimos meses, construindo o consenso em torno da necessidade de aprovação de uma mudança no nosso sistema previdenciário. Apesar de todas as tentativas de barrar a matéria, demonstramos a urgência deste projeto, porque a situação estava muito difícil, e tivemos uma expressiva votação. Acredito que este quadro pouco se modificará nesta semana e que teremos a aprovação da PEC de forma definitiva na Câmara. Entendo que esta reforma é fundamental para que a União consiga honrar seus compromissos e ter capacidade de investir, temos muito a fazer.
Na sua visão, a reforma da Previdência é a única necessária para a retomada do crescimento do Brasil?
Não. Ela é a primeira e a mais importante. Temos muitas outras coisas para mudar, partindo agora provavelmente para uma reforma tributária. Foram 16 anos de um desgoverno, o presidente Jair Bolsonaro encontrou um país quebrado e sem perspectiva. Muito precisa ser mudado, começamos pela previdência e agora temos que prosseguir. Meu trabalho é voltado para um país sem corrupção, com um crescimento econômico de fato, com um estado dando segurança pública, como deve fazer.
O que o senhor acredita que acontecerá com Mato Grosso quando a reforma da previdência estiver plenamente aprovada?
Vamos demonstrar ao mundo que nós não quebraremos. Os investidores externos esperam esta aprovação. Quebraríamos em curto prazo e ninguém iria colocar seu dinheiro. Mato Grosso, como gigante que é, está pronto para, assim que a reforma for aprovada, receber estes investimentos, principalmente em infraestrutura, que é algo muito necessário. Tenho certeza que em um futuro próximo este dinheiro chegará e a gente vai crescer, assim como o país.
Membros da oposição acusam a atual gestão de não possuir um projeto para o Brasil e já há questionamentos sobre a viabilidade de um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro. Qual sua opinião sobre isso?
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem um plano monstruoso de liberalização da economia. O ministro tem um grande plano de trazer investimento econômico estrangeiro e fazer com que a gente saia desse quadro de estagnação econômica, de 10, 12 anos crescendo 1% ao ano, o que é irrisório para um país que tem o que temos. Depois que o plano econômico, junto com o plano social e político que temos começar a caminhar a reeleição do presidente será uma consequência, porque precisamos de um homem que trabalha para o Brasil e não para as instituições carimbadas que conhecemos.
Qual sua avaliação deste primeiro semestre do senhor como deputado federal?
Como deputado federal por Mato Grosso, sou um dos que mais apresentou emendas e proposituras em relação aos outros membros da bancada. Temos nos pautado em ajudar Mato Grosso, porque o Estado está quebrado, e estamos muito empenhados em aprovar a reforma da previdência. As demais propostas terão que aguardar o resultado desta reforma. Nosso maior foco é esse, porque ele saneará todos os outros projetos que nós apresentaremos e, o eleitor de Mato Grosso pode ficar tranquilo, iremos apresentar e conseguir avançar com importantes pautas.
Um dos projetos que o senhor apresentou visa dar autonomia aos indígenas em relação a seus territórios. Como isso funcionaria?
De forma bem simples. Os indígenas que desejarem, poderão realizar atividades agrossilvipastoris em suas terras. Andando por Mato Grosso temos ouvido muitos destes índios que desejam produzir em suas terras. Oras, é uma contradição enorme eles terem mais de 117 milhões de hectares e serem os brasileiros que apresentam os piores índices socioeconômicos do país E isso fica pior quando vemos a vocação que o Brasil tem para ser o celeiro do mundo. A proposta veda arrendamento, ou seja, mantém a posse com os índios e o contrato de parceria deve ser registrado junto à Funai, comprovada a concordância de toda a comunidade e assegurando ganhos sociais a todos os índios.
Falando em partido, como estão os preparativos visando às eleições municipais do ano que vem?
Estamos caminhando muito bem. Temos feito um trabalho muito intenso nos municípios, estruturando as comissões municipais e já chegamos a mais de 60 cidades. Até o prazo-limite definido pela Justiça Eleitoral, vamos tranquilamente passar de 100 municípios. Além disso, muitos prefeitos, muitos vereadores têm nos procurado para se filiar ao PSL, esperando a janela partidária, mas o desejo de assumir o nosso projeto tem feito alguns pensarem em mudar de partido antes mesmo disso. Vamos dar uma amostra desse trabalho no dia 17 de agosto, quando Cuiabá vai receber um grande ato de filiação do nosso partido, um projeto nacional do PSL, que vai ocorrer em todo o Brasil.
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