Da Redação
Senador Wellington Fagundes (PR) considerou o cenário de eventual "caos" e cobrou do ministro Sérgio Moro, da Justiça, medidas que possam evitar a deflagração de uma nova greve de caminhoneiros.
O alerta foi pontuado em audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira, 27. Segundo o parlamentar, uma paralisação – nos moldes da que aconteceu no ano passado - “representaria o caos para o Brasil”. Em resposta, Sérgio Moro garantiu ao republicano que o Governo “está acompanhando com extrema atenção os desdobramentos” do movimento.
O ministro tentou tranquilizar os parlamentares e a população dizendo que “não vê motivos para alarde”, diante da queixa dos caminhoneiros. Ele, no entanto, evitou dar detalhes de como o Governo Federal e, particularmente, o Ministério da Justiça, estão tratando das ameaças de greve, lançadas por caminhoneiros nas redes sociais, principalmente pelo aplicativo WhatsApp.
Fagundes explicou ao ministro da Justiça que os efeitos de uma possível greve dos caminhoneiros foram discutidos durante reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios, também nesta quarta-feira, 27. Deputados federais e senadores, segundo ele, manifestaram apreensão com as notícias sobre a paralisação. “A preocupação de todos é muito grande” – ele relatou.
Líderes do movimento se dizem insatisfeitos com as medidas tomadas, até aqui, em resposta à paralisação ocorrida no ano passado. Afirmam ainda que o congelamento no preço do diesel por períodos de 15 dias e o ‘Cartão Caminhoneiro’, anunciado pela Petrobrás, ainda não são suficientes para evitar uma greve da categoria.
Segundo Wallace Costa Landim, que se apresenta como um dos líderes dos caminhoneiros, existem de 15 a 20 grupos se articulando, e que fogem ao controle das lideranças sindicais com as quais o governo tem conversado. Os caminhoneiros pedem que o preço do diesel fique congelado por pelo menos 30 dias e seja reduzido.
Segurança na Fronteira
Líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, formado por senadores do Democratas, PSC e PR, Wellington Fagundes também pediu ao ministro da Justiça, durante a audiência pública no Senado, detalhes sobre projetos relacionados à segurança nas fronteiras. Ele lembrou que o Brasil possui fronteira seca de mais de 17.000 quilômetros, dos quais, 700 quilômetros estão em Mato Grosso, em divisa com a Bolívia.
“Mato Grosso é o terceiro maior Estado do Brasil, e consequentemente, tem uma das maiores faixa de fronteira seca, razão pela qual, é porta de entrada para o tráfico de armas, drogas, munições, contrabandos e descaminhos” – ele enfatizou. Ele pediu ao ministro proposta para fomentar ainda mais a fiscalização efetiva e continuada na região Oeste do Estado.
“Fazer segurança na fronteira se trata de um enorme desafio, que requer um conjunto de ações complexas envolvendo investimentos estruturais, tecnológicos, e uma integração verdadeira e efetiva das forças de segurança, com compartilhamento de informações. Além disso, há necessidade de reforçar, urgentemente, o efetivo das nossas forças que atuam na fronteira, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal” – disse o republicano.
Com Assessoria


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