Da Redação
Autor do requerimento que solicita esclarecimentos do secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, acerca da operação de crédito do Governo junto ao Banco Mundial, o deputado Lúdio Cabral (PT) questiona, entre vários pontos, a “contrapartida” a ser dada pelo Estado e o alongamento da dívida recaindo sobre próximas administrações.
“O que nós já levantamos de informações precárias, inclusive, é de que é uma proposta de alongamento de uma dívida que hoje vai até 2022 para até 2039, ou seja, alcançando além desse governo, mais quatro governos. A principal preocupação minha é que normalmente esses empréstimos de organismos internacionais, eles são associados a determinadas contrapartidas, e exigências para a gestão do Estado”, considerou.
Segundo o parlamentar, um dos pontos a serem debatidos se refere ao suposto risco de que a qualidade dos serviços do Estado possa ser atingida.
“A minha preocupação é que exigências eventuais são essas, e em que medida elas podem comprometer a qualidade dos serviços públicos do Estado, além do fato de o governador contrariar o próprio discurso, porque ele criticou muito o governador anterior, de que, de deixar dívidas para governos seguintes.”
Lúdio Cabral acentuou ainda o cenário de alerta sobre “a dívida dolarizada”. “Ele vai deixar de pagar US$ 270 milhões até 2022 ainda no mandato dele para quitar essa dívida com o Bank of America e vai deixar US$ 200 milhões de dívida para os governos seguintes e uma dívida dolarizada e a gente não sabe o que vai acontecer com o dólar nos próximos 20 anos. Pagaria apenas US$ 70 milhões no mandato dele e deixaria US$ 200 milhões para os governos seguintes.”
Em relação ao pedido de urgência do Executivo, para tramitação da matéria, o parlamentar assinalou que “não vejo razão para tanta pressa. Precisamos discutir com calma”.
O Governo destacou, ao defender a matéria, que "o empréstimo permitirá também que o Estado salde completamente sua dívida com o Bank of America reduzindo, assim, os pagamentos da dívida externa. O prazo de pagamento será em 20 anos, com juros de 3,5% ao ano”.
A exposição do Rogério Gallo sobre detalhamento da operação de crédito deve ocorre nesta terça-feira (26), no Poder Legislativo.
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