• Cuiabá, 14 de Setembro - 2025 00:00:00

Lúdio Cabral questiona contrapartida de Mato Grosso para garantir empréstimo


Da Redação

Autor do requerimento que solicita esclarecimentos do secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, acerca da operação de crédito do Governo junto ao Banco Mundial, o deputado Lúdio Cabral (PT) questiona, entre vários pontos, a “contrapartida” a ser dada pelo Estado e o alongamento da dívida recaindo sobre próximas administrações. 

“O que nós já levantamos de informações precárias, inclusive, é de que é uma proposta de alongamento de uma dívida que hoje vai até 2022 para até 2039, ou seja, alcançando além desse governo, mais quatro governos. A principal preocupação minha é que normalmente esses empréstimos de organismos internacionais, eles são associados a determinadas contrapartidas, e exigências para a gestão do Estado”, considerou.

Segundo o parlamentar, um dos pontos a serem debatidos se refere ao suposto risco de que a qualidade dos serviços do Estado possa ser atingida.

“A minha preocupação é que exigências eventuais são essas, e em que medida elas podem comprometer a qualidade dos serviços públicos do Estado, além do fato de o governador contrariar o próprio discurso, porque ele criticou muito o governador anterior, de que, de deixar dívidas para governos seguintes.”

Lúdio Cabral acentuou ainda o cenário de alerta sobre “a dívida dolarizada”. “Ele vai deixar de pagar US$ 270 milhões até 2022 ainda no mandato dele para quitar essa dívida com o Bank of America e vai deixar US$ 200 milhões de dívida para os governos seguintes e uma dívida dolarizada e a gente não sabe o que vai acontecer com o dólar nos próximos 20 anos. Pagaria apenas US$ 70 milhões no mandato dele e deixaria US$ 200 milhões para os governos seguintes.”

Em relação ao pedido de urgência do Executivo, para tramitação da matéria, o parlamentar assinalou que “não vejo razão para tanta pressa. Precisamos discutir com calma”.

O Governo destacou, ao defender a matéria, que "o empréstimo permitirá também que o Estado salde completamente sua dívida com o Bank of America reduzindo, assim, os pagamentos da dívida externa. O prazo de pagamento será em 20 anos, com juros de 3,5% ao ano”.

A exposição do Rogério Gallo sobre detalhamento da operação de crédito deve ocorre nesta terça-feira (26), no Poder Legislativo.




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