• Cuiabá, 13 de Setembro - 2025 00:00:00

Presidente da AL quer explicações do Governo sobre fechamento de delegacias


Da Redação

Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), pediu explicações ao Governo acerca da meta de fechar 16 delegacias no Estado. Em que pese os argumentos do Executivo de falta de resultados nas referidas delegacias, e cortes que visam a economia, no Legislativo o assunto pauta debates acalorados.

Assim, a meta de Botelho é que o Governo deve percorrer os municípios afetados e explicar o motivo do encerramento dessas unidades da Polícia Judiciária Civil.

O pedido foi pontuado por Botelho durante reunião com o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, demais deputados e vereadores da região Araguaia, na quarta-feira (13). 

“Essa decisão é muito técnica. Então, o secretário informou que em muitos locais tem apenas dois policiais, por exemplo, não tendo condições de investigar, provavelmente, terá que diminuir para que funcione. Mas, em muitos locais a decisão será reavaliada. É o caso de Jangada, onde passam quase 20 mil veículos por dia e pedimos que seja revisto”, afirmou Botelho.

Atendendo ao chamado da ALMT, o secretário Bustamante explicou que o fechamento de delegacias não é uma decisão política, e nem econômica, e sim técnica para fortalecer a investigação da Polícia.

Ele disse que nas unidades que serão fechadas, em sua maioria, há apenas dois policiais trabalhando, que tomam conta do prédio, que segundo ele, é humanamente inviável porque acabam ficando sem licença ou férias. E que no momento o governo não dispõe de condições financeiras para colocar mais profissionais nessas unidades e nem para realizar concurso.

“O Estado está no limite da lei orçamentária de contratação. Se começar um concurso agora, somente daqui há dois anos para colocar esses policiais à disposição. E, é nesse sentido que vamos cortar na própria carne, sabendo que a sociedade pode sentir a falta do policial, mas sabemos que a Polícia Civil tem o papel investigativo. Então, vamos retirar os profissionais que tomam conta de prédios para fazer investigação. Vamos de unidade em unidade para explicar essa decisão conforme nos pediu o presidente Botelho”, afirmou Bustamante.

O vereador de Novo Santo Antônio, José Marcio demonstrou preocupação com a decisão. “A população precisará percorrer 100 km para fazer um boletim de ocorrência, em estrada totalmente esburacada”, alertou, ao citar alguns casos de violência registrados no município.

Com 140 vereadores filiados, a União de Vereadores do Norte Araguaia e Xingu, que agrega 14 municípios da região, manifestou a preocupação com a medida do governo. O presidente da instituição, vereador Antônio Miranda disse que a medida foi tomada de maneira unilateral. O assunto será tema de audiência pública nesta sexta-feira (15.03), na ALMT, de iniciativa do deputado Elizeu Nascimento.

“Pretendemos demonstrar na audiência pública que não pensem somente em números, mas no cidadão que é quem sofre lá na ponta, porque o fato de desassistir essas cidades da Segurança Pública com certeza atrairá a atenção da marginalidade. Nossa região é por si só de pessoas carentes. Imagina não ter delegacia tendo que se deslocar longas distâncias para receber o atendimento, especialmente, no período de chuva? É em nome desse cidadão que estamos aqui para resolver essa situação”, alertou o vereador.

 

Com Assessoria AL




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