Da Redação - FocoCidade
A seara que envolveu a eleição de Jair Bolsonaro, sob a ótica do jornalista e analista político, Onofre Ribeiro, remete ao “apoio” de eleitores contrários ao PT, o chamado voto de rejeição ao Partido dos Trabalhadores. Os contornos desse contexto recebem reforço do movimento contra a corrupção e a busca da esperada ordem no país, pontua.
Seguindo essa interpretação, Onofre Ribeiro se atém às perspectivas gerais, incluindo a renovação no Congresso e a formação do Governo Bolsonaro, que remetem a um panorama de esperados avanços.
“A vitória do Bolsonaro tem quer ser interpretada sob vários aspectos. Primeiro, ele não tinha votos. Ele adquiriu votos de quem estava não querendo o PT. Voto de rejeição ao PT. Depois ele foi ficando mais conhece e começou a aderir votos, que não eram de ódio ao PT, eram votos de quem estava buscando uma direção. Que direção era essa? Direção de retorno ao progresso, o retorno da ordem institucional, o retorno da segurança e uma promessa de fim da corrupção e estabelecimento da ordem de novo no país”, assinala.
Segurança Pública
“Essa ordem implica na ordem de segurança pública e também na ordem jurídica do país que foi destroçada nesses últimos oito anos. E tem um outro tipo de eleitor que depois de um certo momento, foi o eleitor que não queria mesmo o PT. Esse veio e aderiu ao Bolsonaro. Então , agora o que ele tem a favor dele? Bom, ele tem uma forte simpatia da opinião pública que quer objetivamente ordem no país e objetivamente não quer o PT. Isso é claro.”
Ordem econômica e jurídica
“Segundo momento, a ordem econômica do país vai se restabelecer na medida que se restabelecer a chamada ordem jurídica. As leis valerem, a burocracia deixar de atrapalhar o país, na hora que desaparelhar ideologicamente a área ambiental, índios e fundir a área atrapalha profundamente o investimento. O investidor de fora não vem para o Brasil quando ele sabe o labirinto que é lidar com o brasileiro principalmente na questão ambiental, que é profundamente aparelhada com a vertente de esquerda. Então a economia vai caminhar bem até por uma razão, desde o governo Temer, o Ministério da Fazenda o Henrique Meirelles e Goldfajn (Ilan – economista) foi para o Banco Central, os investidores e os empresários começaram a ter fé no país. E a economia começou a caminhar desvinculada da política. Política continuou caminhando na direção do fundo do poço. Então com o Bolsonaro a economia reforça seguir esse caminho separado da política.”
Congresso
“Terceiro ponto, político. Houve uma renovação muito grande do Congresso e esse Congresso que chegou, aqueles bandidos tipo Renan (Calheiros), Jucá (Romero), toda aquela caterva que tinha, só o Renan tá voltando e mais o Jader Barbalho do Pará e mais um ou outro, e do PT que volta é uma camada menos agressiva, mais conservadora. Então vai ter um Congresso renovado e que entende que a opinião pública odeia a política, eles ficam avisados. Renan volta sem força e deixa de ser o general do Congresso. O Congresso que vem sabe que a opinião pública quer resultados, então será muito menos pior do que é o Congresso atual que é uma lástima. O Bolsonaro tem isso a favor.”
Exército
“Uma outra coisa importante que é bom relembrar é que ele tem por trás de si o Exército, pensando e fazendo uma inteligência estratégica de planejamento, bem articulado com o núcleo duro de Governo do Bolsonaro. O Exército brasileiro é formado por gente classe média, muito preparada, e que sempre buscou o desenvolvimento. Eles estão atentos e saberão fazer um planejamento estratégico para o país. Uma outra coisa, o Bolsonaro ta demonstrando que não vai governar sozinho e que não vai lotear os Ministérios o que significa que vai botar nas pontas dos Ministérios pessoas de confiança mas dentro do Palácio do Planalto, vai ter um núcleo duro formado por pessoas de confiança, seis ou sete pessoas, que vão conduzir o Governo como se fosse um Estado maior. É bem o estilo militar, nas pontas as unidades, e no centro o Estado maior. Então, toda vez que um governo descentraliza, tem tendência de facilitar as coisas, de andar melhor, o Governo Lula, Dilma por exemplo, era muito centralizado neles. Isso é muito ruim.”
Panorama
A política brasileira vai ter que passar um longo tempo ainda para aprender a ser política e agradar a sociedade. Ela vai ter que lutar muito para provar que ela não é uma casa de bandidos embora hoje seja. Ela vai ter que trabalhar muito para recuperar essa imagem. Já a economia, vai caminhar rapidamente, os investimentos chegam no ano que vem com a retomada da segurança jurídica de modo que o país não vai ter retrocesso. Esse discurso do PT, ditadura, é discurso político. É o chororô de quem perdeu, de quem está na vertente contrária à ideologia. Então eu olho o Brasil com muito otimismo no ano que vem em diante. O ano que vem será de confrontos, com o Congresso, com o Judiciário, com o Ministério Público, com empresários, com funcionalismo público que vai dar um trabalho danado. Mas depois se estabiliza porque a economia é que vai trazer credibilidade, porque ela crescendo acaba com esse chororô de Bolsa Família, de bolsa não sei o que. E as pessoas com dinheiro no bolso e juros baratos, não precisa que governo faça por ela além disso.”
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