João Batista Pereira de Souza
Ao iniciar este pequeno texto, eu pensei em dar o título de suicídio versus resiliência, mas, apesar de reconhecer o suicídio como um assunto que precisa ser debatido, pois de acordo com dados da OMS o número de casos de suicídio pelo mundo chega a 800 mil por ano, o enfoque aqui é para a resiliência de um Jovem chamado Serginho.
Nesse domingo vi nas redes sociais que Serginho havia sido internado com graves complicações decorrente da rara doença que lhe acompanhava desde o seu nascimento, e nem as dores que sentia e nem as privações decorrentes da grave doença que lhe dificultava viver a sua juventude plenamente como garotos de dezenove anos, o impediram de sorrir. A resiliência de Serginho o capacitou para lidar com as adversidades, sendo assim conseguiu superar as dificuldades extraindo delas o melhor, isto é evoluindo e reagindo de forma positiva frente à situação.
Após algumas horas veio à notícia quanto ao falecimento do valente Sérgio Ferreira de Souza, o Serginho. Naquele momento eu só conseguia pensar nos exemplos deixados por esse jovem e que apesar da morte estará vivo pela presença de espírito com que lutou, pela fé em que se segurou e por cada palavra de otimismo e a alegria expressa em seu sorriso.
Lembrei-me de uma entrevista onde Serginho agradecia a Deus pela amputação de sua perna direita, pois esta dificultava a sua locomoção e trazia muita dor. A fé, a força e a resiliência com que Serginho seguiu até o último instante nos inspira.
Ao acompanhar a luta desse jovem pela vida, sem reclamar, sem se lamentar volto minha reflexão para aqueles que tiram a sua própria vida e que ao contrário de Serginho não conseguiram erguer a sua cabeça e partiram e muitas vezes levaram consigo a alegria de parentes e amigos.
Chama atenção o número de pessoas que gozam de boa saúde física, cercado de amigos, de barriga cheia e mesmo assim não conseguem superar a depressão. Que fenômeno é esse que chega a matar no Brasil cerca de 11.000 jovens entre 18 a 29 anos? Alguns tratam do Suicídio com certo preconceito, fraqueza, covardia ou ainda falta de fé. Bom, não seria isso tudo o motivo de não conseguir superar a dor, assim como fez Serginho? Especialistas não tem dúvida que esse problema deve ser tratado como caso de saúde pública, devendo disseminar as informações e esclarecimentos para vencer o tabu do preconceito e que esses jovens possam receber ajuda antes que o prior aconteça.
Enfim, o que busquei trazer aqui são dois lados opostos onde, fica evidente a coragem, a força e a fé de um jovem especial que encontrou em Deus, os motivos para prosseguir. O exemplo deixado por Serginho é que quando a dificuldade vier olhe para cima que aquele que deu seu próprio filho por amor a nós, estará lá e todos os mistérios do mundo ele sabe desvendar. Confie!
João Batista Pereira de Souza é Agente Penitenciário, Presidente Licenciado do Sindspen-MT.


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