Da Redação - FocoCidade
O cenário nacional que coloca o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, na linha do desafio para convencer os Estados Unidos sobre a qualidade da carne bovina brasileira, provoca o reforço das ações em Mato Grosso no combate à febre aftosa. Os EUA suspenderam a importação da carne fresca vinda do Brasil alegando preocupações recorrentes em relação à segurança dos produtos destinados ao mercado americano.
Maggi deve viajar aos EUA com a missão de recuperar mercado. Enquanto isso, o sinal de alerta soou no Estado, com estratégia para maximizar a segurança da qualidade da carne.
Segundo o Governo, a cada etapa de vacinação contra febre aftosa, desde o Convênio de Sanidade Animal em Áreas de Fronteira Brasil-Bolívia, criado em 04 de abril de 1979, Mato Grosso tem investido em ações que visem à manutenção do status sanitário e proteção do rebanho. Na época, foi constituído o Comitê Internacional Misto Brasil Bolívia (CIMBB), composto pelos setores público e privado dos dois países.
Os integrantes do CIMBB, no qual Mato Grosso está inserido, se reúnem anualmente para atualizar as diretrizes de intercâmbio realizado em ambos os territórios e apresentar os resultados obtidos. São ações como o acompanhamento das campanhas de vacinação e participação em cursos de capacitação, por exemplo, para que os serviços veterinários oficiais estejam alinhados. O objetivo é contribuir para melhorias no desenvolvimento de estratégias de sanidade animal na região de fronteira.
Integrando essas ações de intercâmbio, os médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Giovana Gonçalvez, Pedro Mazetti e Leone Medeiros, acompanharam a vacinação de bovinos realizadas pelas equipes bolivianas em comunidades indígenas localizadas na faixa de 15 km da fronteira. Durante oito dias, entre os meses de maio e junho deste ano, foram acompanhados pela equipe brasileira 1.246 bovinos, em 15 comunidades, nos municípios de San Matías e San Ignácio de Velasco.
Os veterinários brasileiros somaram a experiência de vacinação e vigilância de enfermidades infectocontagiosas realizada há uma década na região de fronteira do Brasil à metodologia empregada pelas equipes bolivianas, visando uma padronização e busca pela excelência no trabalho realizado nos dois países. Também oportunizou uma avaliação da estrutura das propriedades, para identificação de vias de acesso, condições ambientais, avanços zootécnicos do rebanho bovídeo, e pontos de risco para introdução, difusão e manutenção de agentes patogênicos.
Da mesma forma, o serviço veterinário boliviano acompanhou o trabalho do Indea em propriedades localizadas em assentamentos na faixa de 15 km de fronteira no município de Cáceres, durante o mês de maio. Assim, eles puderam acompanhar a vacinação do rebanho mato-grossense e o trabalho de educação sanitária realizado pelas equipes do Indea.
Os pecuaristas mato-grossenses contribuem para esse processo de vigilância sanitária, por meio do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa-MT). Nesta primeira etapa de vacinação, o Fesa doou 70 mil doses de vacina contra febre aftosa à Bolívia, que foram destinadas a comunidades indígenas e pequenas propriedades da faixa de fronteira com o Brasil.
O CIMBB é composto pelo Indea e Sindicados Rurais dos municípios mato-grossenses da fronteira, pelo Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Inocuidade Alimentar da Bolívia (Senasag), pela Associação de Ganaderos San Matias (Agasan), pela Associação de Ganaderos San Ignácio de Velasco (Agasiv), e pelos Comitês Cívicos (representação dos indígenas). (Com assessoria)


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