Fabrício Carvalho
A solução está nos municípios. Logo, se é lá que as coisas acontecem em seu estágio inicial, é a eles que os gestores e demais responsáveis pela condução da coisa pública devem oferecer as suas respostas. E isso a UFMT tem feito ao longo de sua história e faz, particularmente agora, oferecendo uma oportunidade de capacitação aos agentes municipais de todo o estado.
Andando pelo estado, quer seja na condição de secretário de Articulação e Relações Institucionais da Universidade ou de maestro da Orquestra Sinfônica da UFMT, não foram poucas as vezes que ouvi gente falando disso, dessas demandas latentes e nem sempre respondidas à altura pelos administradores públicos de esferas superiores. Uma hora é o cidadão comum falando que o gestor não sabe administrar, noutra, o gestor reclamando que quando vai contratar alguém o que mais encontra é a crônica falta de capacitação técnica para o trabalho.
No município é que o homem comum sente as dores do despreparo funcional do sistema. É atendimento à saúde que não chega a quem mais dele necessita, a educação infantil e o ensino fundamental que não chegam com qualidade, faltam às vezes boas estradas para a ligação adequada das áreas rurais com a sede numa urgência de saúde ou para escoar a produção familiar. E isso é muito triste porque essas demandas efetivamente existem, e são muitas e escancaradas aos olhos de todos, mas raramente vemos respostas serem dadas a contento.
Pois é neste sentido que a UFMT decidiu lançar a ideia, em ação estimulada pela reitora Myrian Serra, de projetos de capacitação multidisciplinar, abarcando as mais diversas áreas do conhecimento, destinado não tanto a políticos, mas a pessoas das áreas técnicas e outros atores comunitários: funcionários de carreira, técnicos das diversas secretarias e de outros órgãos públicos, diretores de escolas, professores, representantes do setor produtivo, líderes de comunidades rurais. O foco do projeto, repito, é a dualidade específica gestão/capacitação técnica para o exercício da coisa pública. Estará aberto a interessados por aperfeiçoamento nas áreas mais diversas: administração, informática, ciências da natureza, ciências exatas, letras, artes, sociologia, contabilidade, comunicação e todos os demais de que a Universidade dispõe.
Para tanto, nos próximos meses, já com seu escopo desenhado, vamos procurar todas as prefeituras via Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), na pessoa de seu presidente Neurilan Fraga, para fazer a abordagem quanto ao interesse das comunidades.
Tudo feito dentro do modelo da videoconferência, aproveitando a expertise conquistada pela UFMT em tempos recentes na área de Ensino a Distância.
É a Universidade mais uma vez não se esquivando de sua responsabilidade de se colocar a serviço de toda a comunidade, em atendimento ao nosso lema de, cada vez mais, romper os muros da instituição, colocando-a a serviço do homem e da mulher mato-grossense.
Neste caso, indo a cada um dos 141 municípios, que é onde as coisas efetivamente acontecem e onde estão as soluções para nossos principais e mais urgentes problemas.
Fabrício Carvalho é secretário de Articulação e Relações Institucionais da UFMT e maestro da Orquestra Sinfônica da Universidade.
Vera Capile disse:
28 de MaioMuito me alegra o fato de a UFMT agir além do campus, atendendo assim a carência dos municípios e seus municipes! Tenho certeza que será um sucesso! De parabéns a reitora Miryam e o secretario/maestro Fabrício Carvalho!
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