Sonia Fiori - FocoCidade
Presidente do PSDB de Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, defende o afastamento imediato do senador Aécio Neves da presidência do partido, além do afastamento do cargo do presidente Michel Temer. Leitão assinala que a presidência da República passe para a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, terceira na ordem de linha sucessória, sendo convocada novas eleições.
Como existe entendimento de quem responde a processo não pode assumir a presidencia da República, só sobra a presidente do STF. Tanto Rodrigo Maia (DEM-RJ) quanto Eunicio Oliveira (PMDB-CE), presidentes da Câmara Federal e Senado, respectivamente, tem impedimentos por serem investigados na Lava Jato.
“É um momento instabilidade política que na minha opinião não comporta a presidência passar para os presidentes do Senado ou da Câmara”, assinalou Leitão frisando a urgência de decisões que busquem resguardar o equilíbrio do país.
De acordo com a Constituição, caso o presidente e vice não possam assumir a cadeira, a linha sucessória prevê o presidente da Câmara, no caso Rodrigo Maia; o presidente do Senado, Eunício Oliveira e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, "salvo restrições legais".
Leitão destacou ainda que em que pese a Constituição prever eleições indiretas, é necessário pensar nesse momento a possibilidade de se convocar eleições diretas.
O clima no PSDB nacional é de apreensão, com rodadas de reuniões que se iniciaram ainda na noite de ontem (17) e que seguem nesta quinta-feira. Leitão já teria sugerido a Aécio deixar o comando da sigla logo após serem divulgadas informações pelo jornal O Globo de que o presidente Michel Temer incentivou o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, a comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de seu financista, Lúcio Funaro.
Ainda de acordo com a reportagem do O Globo, Joesley Batista entregou à Procuradoria-Geral da República uma gravação que agrava a situação do senador Aécio Neves, porque pediu R$ 2 milhões ao empresário, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.
Na manhã desta quinta-feira (18), o STF determinou o afastamento do senador Aécio Neves do mandato de senador.
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