Da Redação - FocoCidade
O Congresso volta a discutir a possibilidade de o FEX (Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações) vir a ser corrigido, ampliando o montante destinado aos estados e municípios. Essa defesa feita pelo senador Wellington Fagundes (PR), entrará em debate em “sessão temática” proposta pelo parlamentar.
A meta do republicano é ousada, considerando ser ele autor do PLS 288/2016 que regulamenta o FEX com intuito de tornar obrigatório o pagamento no valor integral do que se deixa de arrecadar com a Lei Kandir, que desonera de pagamento de ICMS produtos destinados à exportação.
Nos cálculos da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Mato Grosso deixou de recolher em 2015 cerca de R$ 5 bilhões, como consequência da Lei Kandir. Em contrapartida, o Estado recebe em média R$ 400 milhões/ano.
Todos os Estados, sem exceção, segundo Wellington, contabilizam prejuízos que afetam profundamente suas contas públicas com a baixa compensação imposta pela Lei Kandir. Mato Grosso é duplamente prejudicado, pois, além do baixo valor da repasse, o Estado sofre ainda por depender sobremaneira do auxílio financeiro, já que cerca de 20% desses recursos são destinados a ele.
De acordo com o senador Wellington Fagundes, a sessão temática aprovada pelo plenário do Senado vai debater a necessária mudança na legislação. Especialmente porque no final do ano passado o Supremo Tribunal Federal fixou prazo de 12 meses para que o Congresso edite lei complementar regulamentando os repasses de recursos da União por conta da desoneração das exportações no ICMS. A data da sessão ainda será definida pelo presidente Eunício de Oliveira (PMDB).
“Caso isso não ocorra neste prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União fixar as regras e calcular as cotas de cada um dos interessados – explicou o senador. Ou seja, essa medida retira do legislador a competência para as estabelecer tais normas”.
Para a audiência serão convidados o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda; Dyogo Oliveira, do Planejamento; governadores dos Estados, também o deputado Luiz Carlos Hauly, relator da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados; representantes do Tribunal de Contas da União – TCU, Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz e Confederação Nacional de Municípios - CNM.
Ao defender a sessão temática de debates, Wellington Fagundes destacou que, a par da determinação do STF, já tramita no Senado Federal o Projeto de Lei de sua autoria que atende as recomendações. Ele destacou que o debate em torno da compensação financeira devida pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios já perdura por mais de duas décadas, traduzindo-se em uma das questões mais complexas do chamado Pacto Federativo.
Pela sistemática atual, a União entrega, a título de compensação, cerca de R$ 1,95 bilhão referente ao Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações, o FEX, que, no entanto, não conta com uma base legal permanente. Para a formulação de uma legislação definitiva do fundo, Fagundes destacou a participação da Associação Matogrossense dos Municípios e também da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O projeto, inclusive, integra a chamada pauta municipalista, grupo de projetos prioritários que tramitam no Congresso. (Com assessoria)
Ainda não há comentários.
Veja mais:
PC: homem é preso com quase 3 mil arquivos de pornografia infantil
TCE: parecer favorável à aprovação das Contas 2024 do Governo de MT
CPMI do INSS: senador pede legislação que dê segurança aos aposentados
Assalto violento em fazenda: TJ nega redução de pena
Após incêndio em veículo, Justiça condena empresa de ônibus
Polícia Federal desmantela grupo acusado de crime de moeda falsa
Operação Ruptura da Polícia Civil mira facções em Mato Grosso
Câmara pauta projeto que regula redes sociais para crianças
Decisão: intimação eletrônica equivale à pessoal em processos
42 anos da FCDL-MT: uma trajetória de fortalecimento do comércio e desenvolvimento para Mato Grosso