Da Redação - FocoCidade
Senador Wellington Fagundes (PR) cobrou definição acerca do prazo para garantia de que os trilhos da Ferronorte cheguem de fato até Cuiabá. A pontuação do parlamentar ocorreu em audiência pública, na quarta-feira (15), sob a Comissão Mista criada para instruir a Medida Provisória 752 baixada pelo Governo, que trata das diretrizes gerais para a prorrogação e relicitação dos contratos de concessão.
Membro da Comissão de Infraestrutura, o senador disse "que é preciso estabelecer compromisso com prazo definido para os trilhos da Ferronorte, concessão ferroviária que liga São Paulo a Mato Grosso, chegue até Cuiabá e avance em direção às regiões produtoras de grãos". Essa condição, segundo ele, precisa ficar clara no texto do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 752.
Segundo o senador, a situação da ferrovia em Mato Grosso é um bom exemplo do que precisa ser ‘amarrado’ na legislação. “A sociedade cuiabana – ele disse – se vê frustrada com o fato da ferrovia não ter chegado à Capital”, conforme estabelecia os parâmetros da lei aprovada à época em projeto do então senador Vicente Vuolo.
A concessão previa a chegada dos trilhos a Cuiabá e depois até Santarém no Pará. Havia ainda a concessão para explorar a ligação entre Mato Grosso e Minas Gerais, até o chamado Triângulo Mineiro. Fagundes relatou que a concessionária que operava a ferrovia, no entanto, decidiu abrir mão desses trechos para não firmar o compromisso com novos investimentos. A ferrovia parou em Rondonópolis.
“Nosso desejo é que Ferronorte avance, não apenas para Cuiabá como também para os demais trechos, pela sua importância no aspecto econômico” – disse. No próximo dia 23, quinta-feira, às 10 horas, acontecerá uma reunião do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, que irá tratar do avanço dos trilhos da Ferrovia Senador Vicente Vuolo até a Capital e o Norte do Estado Matogrossense.
Defensor da intermodalidade na logística, Wellington disse, durante a audiência interativa ocorrida no Senado, que a ferrovia precisa chegar ao Norte de Mato Grosso para “buscar a produção agrícola da região” para que não haja esse congestionamento tão grande, como o que ocorreu recentemente na BR-163, no Pará, com o escoamento de grãos produzido no Estado, por meio dos portos do Arco Norte da Logística.
Em outro ponto, Wellington disse que o aperfeiçoamento legislativo da Medida Provisória do Governo passa também pelo compromisso social e econômico dos empreendimentos que buscam a prorrogação de suas concessões ou no caso das relicitações. Ele explicou aos expositores que uma obra da magnitude de uma ferrovia quando chega a uma cidade causa grandes impactos. Citou o exemplo da Ferronorte em Alto Taquari e depois em Alto Araguaia. “Houve uma dificuldade enorme para um município atender todas as demandas na saúde, educação e saneamento” – frisou.
Não bastassem os problemas sociais que se avolumaram e entregue a responsabilidade apenas aos municípios, Wellington ainda destacou a questão ambiental. Em Rondonópolis, por exemplo, segundo ele, não fosse a intervenção do Ministério Público a concessionária da ferrovia entregaria à cidade apenas uma área degradada.
“Temos oportunidade de produzir um grande trabalho. Que aquilo a ser aprovado sirva de dinamismo para o país e não vire questionamentos da sociedade e da própria Justiça” – frisou, ao se dirigir aos integrantes da Comissão Mista.
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