Todos sabemos que a separação é difícil para o casal e principalmente para os filhos. Mas é necessário saber separar o ex-parceiro, do pai e a ex-parceira, da mãe. E não falar mal do outro.
A cada vez que você fala ou alimenta questões internas referentes ao outro, você está dizendo ao seu filho: "Essa parte de você que você carrega não é boa. Está sempre errada e inadequada. Eu não amo você por inteiro. Só a parte que é minha é aceita e está certa. O resto é péssimo."
Juntos o casal fez a criança.
Juntos, eles permanecem na criança.
Juntos, a criança "é" eles.
Não há como separar ou alterar essa realidade só porque você acredita que seria melhor e mais fácil. Infelizmente (ou felizmente) não funciona assim.
Trabalhe em você o término do relacionamento. Se houve mágoas e ressentimentos, olhe para essa dor com carinho.
O pai do seu filho desempenha um papel. Já o parceiro anterior é outro. Separe isso dentro do seu coração.
Todos somos o melhor que conseguimos ser, inclusive o papai do seu filho. Inclusive seus próprios pais. Inclusive seu próprio papai.
Não permita que a sua dor atrapalhe o desenvolvimento emocional e psíquico do seu filho.
Bert Hellinger nos trouxe que, a criança fica leal àquele que está sendo rejeitado. O que isso significa? Que se você insistir na postura de exclusão do papai, seu filho ficará igualzinho a ele.
De maneira inconsciente, é como se a criança dissesse a você através do comportamento dela:
"Querida mamãe, você diz que me ama, mas critica o papai que eu carrego em mim, então, vou ficar igualzinho a ele para que você aprenda a amá-lo através de mim. Eu também sou ele."
Exatamente a mesma dinâmica ocorre para os papais que não resolveram suas questões com as mães dos seus filhos.
Bora viver!
Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar e maestria nas novas constelações quânticas.
Email eluiseguedes@hotmail.com
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