Nos últimos dias, este é um dos sentimentos mais expressados na mídia e redes sociais. Eu como articulista, não poderia me furtar de escrever sobre o áudio repugnante que tirou a máscara de “bom moço” do Deputado pelo Estado de São Paulo, Arthur do Val.
Eleito em 2018, com a proposta do novo e da mudança, mostrou que não passa de um escroto, que usa a máquina pública para interesses próprios, imorais e criminosos.
Ele faz parte do Movimento Brasil Livre – MBL e com a justificativa de ajuda humanitária, esteve na Ucrânia com um grupo de pessoas para oferecer ajuda, país que neste momento, está sendo devastado por uma guerra.
Choro, perdas, mortes, desespero. Guerra é mesmo um cenário de horror. A nós só resta a ajuda, seja humanitária, seja com intercessões. É momento de união, de compaixão, de empatia.
Algo que um brasileiro, mesmo com o discurso de ajuda humanitária, passou longe e se cristaliza como o canalha da hora. Aliás, o que ele levou na bagagem, foi a falta de caráter, de ética e de moral.
A máscara caiu. O deputado mostrou sua verdadeira face. Um ser sem o mínimo de escrúpulos.
Na sua rede social, onde tem mais de 700 mil seguidores, só colocou uma nota pedindo desculpas. O que chama atenção é que a postagem teve mais de 85 mil curtidas. Mesmo diante de tanta repercussão, pouquíssimas pessoas deixaram de segui-lo. Não seria esse um caso real para “cancelamento” nas mídias sociais?
A nota postada no instagram não tinha cunho de arrependimento, apenas político. Ele fazia parte de um projeto para concorrer ao governo do estado de São Paulo. A nota foi para retirar a pré-candidatura e evitar maiores prejuízos políticos para o grupo. Infelizmente não reconheceu o lixo de ser humano que é.
No áudio que viralizou, ele mostra que não é o único a agir e pensar dessa maneira. Chega a citar o amigo Renan que faz o chamado TOUR THE BLOND, uma viagem apenas em busca de sexo.
Arthur diz que assim que a guerra passar voltará para a Ucrânia. Eu, sinceramente espero que isso não aconteça, chega de dor para aquele povo.
Muitas pessoas e políticos repostaram em suas mídias sociais o áudio, manifestando a sua indignação com o indigesto conteúdo do audio, mas a Ministra Damares, foi aquela que tomou atitude, tão logo teve acesso ao conteúdo. Ela anunciou as iniciativas que estava tomando a partir do momento que teve conhecimento do áudio.
Um pedido de cassação do seu mandato foi protocolado pela Ministra Damares Alves assim que teve acesso a gravação. Mas, com o mandato praticamente terminando e a morosidade da máquina pública, é bem improvável que seja cassado antes do fim do mandato.
Mas, existe algo que todos nós podemos fazer, agora é a hora do conhecido “cancelamento” nas mídias sociais. Até porque, ele se vangloriou no áudio do quanto a sua carta do instagram com grande número de seguidores o ajudava com “as minas”. Deixar de segui-lo e principalmente não o reconduzir a uma cadeira na câmara federal ou qualquer outro cargo que ele tenha a petulância de concorrer nas próximas eleições, é o mínimo que poderíamos fazer.
Aos 35 anos, Arthur do Val mostra a pior face do ser humano. Disse ele: “Elas são fáceis porque são pobres”. Meu Deus do céu, quanta arrogância, quanta prepotência! O que mais falar para um ser humano como esse, que adjetivo usar para alguém tão pequeno.
Na nota ele cita que o áudio vazado, seria uma conversa entre amigos, demostrando claramente a falta de arrependimento e a justificativa, alerta para o fato de que esse tipo de áudio deve ser comum no grupo deles.
Me assusta pensar que ele não é o único, é apenas aquele que foi pego em pleno ato. Outros estão por ai a espreita da próxima vítima. Mulheres olhadas como um objeto. Como citou o deputado, “das 12 policiais que encontrou pelo caminho, todas DEUSAS”.
Onde vamos parar. A nossa sociedade precisa evoluir, mudar essa consciência, parar de considerar normal, aquilo que não é. As mulheres precisam de respeito.
Enquanto alguém se sentir à vontade para ter uma conversa dessa “ENTRE AMIGOS”, não vamos avançar enquanto raça.
O Segundo deputado mais votado no estado de São Paulo na eleição passada, Arthur do Val, me deixou triste e com vergonha alheia.
Espero sinceramente que pessoas como ele não façam parte da política brasileira, que sejam enterrados pelo poder das redes sociais, e que ele seja lembrado pela história como aquele “cara” que não valia nada, só estava precisando de um tempo para se mostrar. Graças Deus, a máscara caiu antes dele galgar mais uma escada do poder.
Sirlei Theis é Advogada, Gestora pública, Treinadora Comportamental e Consteladora Familiar.
Ainda não há comentários.