• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Há 91 anos nascia Eleotído Correia, da tradicional Casa Santa Maria

Nascido no município de Acorizal, “seo” Eleotído Antonio Correia chegou a Várzea Grande em 1957, no mesmo mês do seu nascimento. Veio com um ideal: montar um estabelecimento comercial. Dessa forma, nasceu à Casa Santa Maria, tradicional no ramo de ferragens, que desenvolve suas atividades até hoje, na Avenida Couto Magalhães.

Jeito simples, direto nas suas perguntas e respostas sempre foi disposto ao trabalho. É o senhor Eleotído Antônio Correia, nascido em Acorizal, em 21 de setembro de 1930. Filho de Libano Antonio Antonio Correa e Maria Fernandes de Figueiredo, seo Eleotído viveu no município de Acorizal até os 27 anos, onde trabalhava com o pai na lavoura.
Em 1957, decidiu montar um comércio e a cidade escolhida foi Várzea Grande. Em setembro de 1957, seo Eleotídio chegava à Cidade Industrial.

Iniciou a sua vida como comerciante com a inauguração da Casa Santa Maria (em homenagem a sua mãe), especializada em ferragens. Uma das mais tradicionais do ramo que surgiu em Várzea Grande e que perdura até hoje.
Do passado, seo Eleotídio recorda de uma cidade sem infraestrutura. “Eram apenas algumas casas e não tínhamos nem mesmo asfalto”, diz sobre o desenvolvimento alcançado pelo município nestes últimos anos. Das grandes ruas e avenidas hoje existentes, Eleotído enfatiza que na época a única estrada era a Avenida Couto Magalhães.

Apesar da falta de infraestrutura, seo Eleotído Antonio Correia acreditou no sucesso progressista de Várzea Grande e decidiu fixar residência por aqui. Em maio de 1959, casava-se com Margarida Maria de Barros Correia, filha de família tradicional da região, com quem vive até hoje. Desse relacionamento, surgiram três filhos: Gonçalo José Correia, Antonio Norberto de Barros Correia e Ana Maria de Barros Correia.

TRANSFORMAÇÃO

Do tempo de mocidade, na Cidade de Várzea Grande, seo Eleotído diz que o único lazer eram os bailes familiares. E foi num desses bailes que conheceu a esposa, Margarida Maria de Barros. A transformação de Várzea Grande rumo ao pleno progresso, segundo recorda, ocorreu com a administração de Júlio José de Campos, à frente da Prefeitura Municipal.

O primeiro asfalto, na Avenida Couto Magalhães, seo Eleotído creditou ao pai de Julinho, senhor Júlio Domingos de Campos, o popular “seo” Fiote. “Mas o desenvolvimento da Cidade teve início com Júlio Campos, com sua visão futurista, que preparou Várzea Grande para o progresso”.

Apesar de nunca ter participado ativamente da vida política do município, Eleotídio sempre acompanhou o desenrolar dos fatos, através dos noticiários e jornais. Sempre esteve ao lado do filho mais velho, Gonçalo José Correia que foi vereador, presidente da Câmara Municipal e secretário municipal por várias vezes.

VIDA PROFISSIONAL

Mesmo começando sua vida profissional em 1957, já no município de Várzea Grande, Eleotído destaca que desde criança trabalhava com o pai na lavoura, em Acorizal. “Eu mudei para Várzea Grande, mas a raiz está em Acorizal”, comenta após ser indagado sobre as atividades que desenvolve. Acontece que além da Casa Santa Maria, seo Eleotído continua com propriedade rural em Acorizal.

Sua opção por Várzea Grande, segundo declarou, prende-se ao fato de que a cidade na época despontava como um pólo industrial. “Isso já acontecia naquele tempo, apesar da falta de infraestrutura”.

Hoje, considerando-se um varzeagrandense de coração, Eleotído diz estar aqui, porque é a melhor cidade de Mato Grosso para residir e trabalhar. “Todos que aqui chegaram, ficaram”, comenta satisfeito com a escolha.

TRADIÇÃO

Para seo Eleotído, uma das principais tradições históricas do município está na festa de Nossa Senhora Santana, que por muitos anos foi realizado em sua residência, sempre no dia 26 de julho. Em 2016 completou 105 anos de festa.
Casado há 58 anos, Eleotído emociona-se quando comenta da união de sua família. Segundo ele, tudo neste mundo passa, mas a lembrança dos tempos bons, não.

E é com satisfação que ele observa o crescimento acelerado de Várzea Grande. “É um lugar bom para morar e trabalhar. Não há perseguição”. Mesmo com a crise financeira e com a violência que assola todo o país, Eleotídio acredita que Várzea Grande ainda tem muito a oferecer para Mato Grosso e para o Brasil.

Das famílias tradicionais da época, ele recorda: dos Monteiros, Barros, Baracat, Coelho, Campos, entre outras. “Aqui a população sempre foi unida, apesar do crescimento da cidade. Ainda hoje encontramos os amigos para rodadas de conversa”. Questionado sobre o que falta em Várzea Grande, Eleotído ficou sem resposta. Pensou um pouco e disparou: “Aqui nós temos de tudo”.

Wilson Pires é jornalista profissional em Mato Grosso.



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