A nova possibilidade trazida pelo WhatsApp de acelerar em até 2X a velocidade do áudio, demonstra o quanto o uso das ferramentas digitais está criando novas formas de comportamento nos indivíduos.
Essa realidade não se limita às conversas informais. Na educação, esse modo de consumo das informações tem modificado como os alunos estão estudando.
Em tempos de pandemia, com aulas híbridas e à distância, o sistema de educação online conta com recursos digitais como vídeos, áudios, aulas online, entre outras atividades audiovisuais.
E a questão é que muitos alunos estão usando nos estudos o modo de consumir informação como fazem em uma conversa informal, com aceleração de vídeos e áudios.
O que isso pode provocar no processo educacional ainda é algo que está sendo debatido e estudado pelos pesquisadores do assunto.
O que já podemos constatar é que o poder de atenção dos alunos já é objeto de preocupação, porque se o conteúdo não for dinâmico, bem elaborado, multimídia, não será assimilado.
Evidentemente, estamos diante de um grande desafio para o modo como educamos, mas que é necessário encará-lo como uma nova possibilidade.
Além de educadores temos a missão de sermos produtores de conteúdo digital.
O uso das novas tecnologias é um caminho sem volta na educação, e a tendência é que cada vez mais isso se aprimore.
Caberá a nós educadores termos a maestria de passar conteúdos, que mesmo acelerados, possam ser abstraídos e cumprir o papel de transformar os educandos.
Ivete Barros é psicopedagoga e diretora do Educandário Jardim das Goiabeiras, em Cuiabá.
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