• Cuiabá, 10 de Novembro - 00:00:00

O Brasil e os brasileiros estão provando nossa resiliência

A resiliência demonstra a capacidade que cada pessoa tem de lidar com seus próprios problemas, de sobreviver e ainda superar os momentos difíceis, sem ceder à pressão dos pessimistas ou dos que acham que quanto pior, melhor (para eles).

O mundo todo está vivenciando uma crise sem precedentes, causada pelo coronavírus. Diante do caos que atinge a todos, há aqueles, mais visionários e otimistas, que se adaptam para sobreviver, aprender com a experiência, e dar novos significados para sua vida e para os que estão a sua volta, estes demonstram a força da resiliência, através de atitudes práticas e eficazes.

Enquanto isso o Congresso e parte da imprensa, no meio da pior crise já vivenciada pela humanidade, definem como foco principal na agenda do país uma CPI. Mas o Brasil que trabalha, produz crescimento do PIB de 1,2%, e uma estimativa de fecharmos o ano acima de 5% de crescimento do PIB, confirma que vivemos a maior resiliência da economia doméstica no período recente, com uma trajetória de firme recuperação, apesar do agravamento da pandemia em meados de fevereiro e da interrupção de medidas de estímulo fiscal no final de 2020.

O agronegócio brasileiro produz alimento para 1,6 bilhões de pessoas no mundo, e foi quem mais cresceu. A construção civil também está aquecida, e o comércio apresentou crescimento de 1,2% do primeiro trimestre. Estes números provam que temos um horizonte favorável pela frente, tanto é que o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE) subiu 9,8 pontos em maio, ao passar de 84,1 para 93,9 pontos, nível mais alto desde outubro de 2020.

Estamos nos adaptando a convivência com a Covid, que revelou e expôs muitas fragilidades humanas, empresariais, governamentais, mas que também tem revelado um comportamento altruísta de muita gente. Nunca se fez tantas campanhas de doação e captação de alimentos. Nunca se viu tanta gente produzindo conteúdos gratuitos para formação, capacitação e preparo de pessoas desempregadas, para que possam estar prontas para o trabalho, quando essa crise passar. Nunca se viu tantos médicos trabalhando gratuitamente para cuidar adequadamente da população carente. Mais uma vez a resiliência se mostra em diferentes setores da sociedade.

Diversos riscos relevantes continuam a assombrar. A Covid-19 segue como o principal deles, com o surgimento de novas cepas com características diferentes de velocidade, gravidade, e detecção, que podem agravar a crise sanitária no país. Por outro lado, a campanha de vacinação deve avançar cada vez mais rápida, evitando retrocessos generalizados no processo de funcionamento do comércio. Além disso, há o risco de possível escassez de energia elétrica, devido à previsão de seca acentuada, e ainda de inflação e dificuldades com o fornecimento de insumos industriais.

O momento ainda requer muito cuidado e precaução, mas nunca foi tão necessário à união de esforços concentrados para alavancar nosso país e superar a pandemia e seus efeitos danosos. Os líderes políticos e os representantes de todos os poderes têm em suas mãos a oportunidade de mostrar também a sua resiliência, criando um cenário favorável a recuperação econômica, com fortalecimento da confiança do setor produtivo e da população em geral, além dos interesses pessoais, políticos ou ideológicos. Vamos fortalecer o Brasil como uma nação livre, poderosa e sustentável, capaz de dar exemplo ao mundo de nossa força e capacidade de superação.

Todos estes sinais mostram o quanto somos fortes, e que temos esperança e fé de que o futuro será muito melhor que o passado, e que cada um de nós sairá mais fortalecido e preparado para encarar o que vem pela frente, com atitude e coragem.

Célio Fernandes é Presidente CDL Cuiabá.



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