• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Não a greve, greve de imediato ou greve com responsabilidade?

As categorias de servidores públicos regulamentadas no extinto MTE e em sua respectiva lei de carreira vigente tem uma entidade sindical que organiza as defesas e lutas em defesa dos direitos.

Diretores de sindicatos não possuem poder de determinar ou forçar a vontade de seus representados.

A condução deve ser responsável e obedecer a critérios, bom senso e aos estatutos das entidades com democracia escutando a todos, indo no loco, fazendo assembleias e atuando na organização dos encaminhamentos coletivos.

Entrar em greve nos primeiros de mandato de um novo governo seria um caminho.

Um outro caminho chorando lágrimas de sangue com o 13° e os salários atrasados e sem RGA 2018 e com promessa quebrada para 2019 é oportunizar ao novo governo que reveja seu posicionamento e prioridade nos pagamentos do tesouro Estadual onde entra milhões por dia, e que o chefe de estado esteja disposto ao constante diálogo com os servidores públicos e não ficar jogando gasolina na fogueira a exemplo do governo Taques.

Estamos tentando observar como o novo governo pretende enfrentar o problema de repasse de duodécimos muito acima da necessidade de custeio dos poderes que lhes permite sobras mensais milionárias em seus caixas, com obras de construção, reformas e ampliações mesmo em épocas de crise e desequilíbrio fiscal do estado. Os poderes conseguem manter seus servidores com todas as suas verbas remuneratórias e indenizatórias (altíssimas) em dia a exemplo da RGA na data base e ação da URV que até hoje ainda traz dividendos aos poderes. Ouve-se falar que nos poderes os servidores possuem consultório odontológico privativo, equipe de terapeutas particulares (massagem, aulas laborais, etc), médicos, enfermeiros dentre outros profissionais de saúde e segurança no trabalho. E no executivo sobram goteiras e sucatas para trabalhar (escolas, hospitais, delegacias, etc), 13° e salários atrasados, onde o próprio TCE beneficiário do duodécimo gordo bloqueou a RGA do executivo, desprezando o artigo 147 da constituição Estadual que reza a isonomia entre todos os poderes.

E agora ainda vem os 16,38% de aumento em cascata reflexo do aumento dos salários dos ministros do STF para todos os poderes.

Estamos tentando observar como o governo pretende enfrentar as concessões de incentivos fiscais que corroeram a receita ao longo dos anos sem gerar a renda e empregos pactuada a exemplo do PRODEIC com 6,5 bilhões de renúncia a 428 empresas nos últimos 4 anos gerando nesse mesmo período apenas 417 novos postos de emprego, ou seja, menos de 1 emprego por empresa beneficiada em 4 anos (fonte relatório CGE/MT).

Estamos tentando observar como o novo governo irá enfrentar a sonegação e a recuperação de dívidas (recuperação de ativos) onde bilhões de receita não pagas se perdem por perdão ou prescrição.

Estamos tentando observar como o novo governo irá enfrentar a renegociação das dívidas do estado com contratos indexados em dólar, um dos maiores tumores e interesses privados sob as finanças públicas.

Estamos tentando observar como o governo enfrentará a necessidade de revisão da lei Kandir que desonera os produtos primários em 100% da cobrança de impostos, onde não temos controle essencial para separar o que é exportação e mercado interno, e ficamos reféns da esmola do FEX, em contrapartida contribuindo para balança comercial brasileira e para o enriquecimento privado,menos para Mato Grosso.

Além disso ainda existe a corrupção que surrupia os cofres públicos e que são contabilizados, pois estão embutidos nas ações do Estado por parte dos governantes e políticos. 

GREVE NÃO É QUESTÃO DE CORAGEM OU AFRONTA AO GOVERNANTE.

GREVE É UM CAMINHO. 

GREVE É A CONSEQUÊNCIA DO PREJUÍZO FINANCEIRO E DESVALORIZAÇÃO AO TRABALHADOR.

UMA GREVE, OU SEJA, PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES LABORAIS POR FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO E FALTA DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS E OUTRAS VERBAS REMUNERATÓRIAS É UMA FERRAMENTA LEGITIMA DE NEGOCIAÇÃO.

A GREVE PODE SER EVITADA E ESTAMOS ABERTOS AO DIÁLOGO E DISPOSTOS A CONTINUAR CONTRIBUINDO PARA O PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO DE MATO GROSSO.


Oscarlino Alves 
Presidente do SISMA/MT



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