Momentos difíceis exigem muito de cada um de nós. Inegavelmente, vivemos tempos dos quais nos lembraremos, ou sentiremos os efeitos, por muitos anos. A disseminação do coronavírus, reconhecida como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou drasticamente nossas rotinas e, do ponto de vista filosófico, a forma como encaramos a vida.
Cidades fechadas, pessoas isoladas em suas casas, apenas serviços essenciais funcionando são algumas das mudanças que já fazem parte do cotidiano de muitos brasileiros. Os prognósticos, ainda que otimistas em alguns casos, não são positivos e preveem que o quadro se estenderá ainda por um longo período.
Mesmo diante do cenário caótico, é preciso que resistamos. Que nos transformemos. Que nos modifiquemos. Cada um de nós tem que ser um agente de segurança sanitário! É nossa responsabilidade adotarmos as boas práticas sanitárias e cobrar de cada um o mesmo comportamento. A nossa saúde e a do nosso próximo são sim nossa responsabilidade.
Não é momento de achismos, não há espaço para encontrarmos culpados. É hora do máximo cuidado, porque não há notícia de que a doença escolha pessoas por cor partidária, classe social, religião ou orientação sexual. O momento requer seguirmos exemplos e modelos indicados por especialistas. Um achismo, um palpite, pode resultar na sua morte ou na morte de alguém próximo. Não há margem para erro.
Enquanto isso, milhares de profissionais da Saúde, milhares de pesquisadores, trabalham noite e dia em busca de medicamentos que consigam combater o vírus que já matou milhares de pessoas e, infelizmente, matará outros milhares em um curto período de tempo em todo o planeta.
Dentre os muitos caminhos trilhados pelos pesquisadores, há um que tem se mostrado promissor que é o uso de um medicamento sem patente, usado no combate à malária e que também é ministrado aos pacientes com lúpus. Nos resta torcer para que esta pesquisa, que este trajeto chegue enfim à cura do coronavírus e à redução deste momento de pânico a uma lembrança.
Outro efeito deletério desta pandemia se dá na economia. Desemprego em massa, falência de diversos negócios, sobretudo os de menor porte, são realidades bem próximas que precisam ser combatidas.
Deixar de tirar dinheiro na economia é a melhor medida que o governo pode tomar nesse momento. Prorrogando prazos para o pagamento dos impostos, liberando recursos para fomentar os negócios, criar mecanismos para proteger aqueles que vivem na informalidade, 4 em cada 10 no nosso país, são algumas das ações que devem ser tomadas.
Sem pânico, mas reconhecendo a gravidade do problema, com esforço e algumas restrições, enfrentaremos mais esta crise e sairemos dela mais fortes. A história demonstra que a cada nova dificuldade, a humanidade encontra uma saída e segue em frente. Então, tenho a certeza de uma coisa: nós seguiremos!
Fábio de Oliveira é advogado, contador e mestre em ciências contábeis.
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