Há 20 anos, a cirurgia plástica facial era a única opção de tratamento para rejuvenescimento. Muitos pacientes já realizavam a primeira cirurgia por volta dos 40 anos, quando o envelhecimento se tornava visível. Esses pacientes, aos 70 anos, já haviam passado por diversas cirurgias e evoluíam para uma pele muito esticada, com uma aparência artificial. Atualmente, as técnicas cirúrgicas evoluíram bastante, mas a plástica facial tem sido postergada cada vez mais, devido ao aumento e evolução dos tratamentos dermatológicos menos invasivos.
Com o avanço do conhecimento científico, começamos a perceber que não adiantava apenas “puxar” a pele para rejuvenescer, pois os sinais de envelhecimento ocorrem por um conjunto de fatores e não apenas pelo excesso de pele. O avanço da idade faz com que ocorra algumas alterações como: perda óssea na face, diminuição e escorregamento das bolsas de gordura faciais (formando o bigode chinês, a ruga de marionete e o buldogue), excesso de rugas na testa, na área dos olhos e ao redor da boca, perda da elasticidade e excesso de manchas na pele.
Um tratamento dermatológico avançado busca restaurar e manter características da pele jovem, estimulando colágeno para correção da flacidez (com o uso de substâncias injetáveis como os bioestimuladores e o preenchimento com ácido hialurônico, ou com uso de lasers e tecnologias). Age também diminuindo a formação de rugas e investe em uma pele com um aspecto saudável, com menos manchas e irregularidades, através do uso de cremes, ácidos rejuvenescedores e lasers.
Enfim, com a medicina a nosso favor, podemos sim adiar a cirurgia plástica e, quando ela for necessária, estaremos com uma pele bonita, saudável e de boa qualidade para a cirurgia.
Luciana Neder é médica dermatologista, professora de dermatologia da UFMT, tem doutorado em medicina pela USP e é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia-SBD.
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