• Cuiabá, 12 de Fevereiro - 00:00:00

O Ego, o ID e o Superego - Carlos e Jair Bolsonaro

A missão do Carlos Bolsonaro, que precisava ser internado e interditado, é derrubar todos os ministros do Bolsonaro presidente, o Vice-presidente, conscientemente, até chegar ao próprio pai, inconscientemente. 

Há um complexo claramente não resolvido por eles, de relacionamento, bem como por cada um quanto a sua própria condição humana. 

Um é o espelho do outro naquilo que é latente em cada qual, perceptível nos sintomas e mecanismos de defesa do ID. 

O ego é frágil e precisa ser afirmado com armas, discurso de ódio e violência, militarismo e milícias. 

E o superego fica difícil de fazer uma análise dele, exatamente pelas psicopatologias, que podem ir de transtornos do humor delirantes, até transtornos de personalidade, obsessiva, ou uma sociopatia e psicopatia. entre outras. 

Ninguém em sã consciência faria apologia a infantes, menores de dez anos de idade a aprender a atirar.

Todavia, eu empregaria nesse caso um superego fora da sua função, de juiz, de moderador ético-moral, para a constituição atípica de um mecanismo de defesa para as demandas do ID, o estouro dos recalques. Na verdade, é uma farsa!

Quem tem alguma noção de psicanálise vai entender talvez melhor o restante deste breve enxerto. 

Porém, quem não, tecnicamente falando, também terá plenas condições de formar sua opinião, pelos fatos concretos e fidedignos, de conhecimento público e notório, que serão apresentados, muito suscintamente, para não cansar ninguém. 

Tudo isso, provavelmente, por alguma ou algumas tretas do passado não resolvidas entre eles. 

O pai usou o filho para derrotar a própria genitora na eleição para vereança no Rio. Imagina a violência simbólica desse ato. 

O filho precisa reprimir sua condição sexual perante o pai, que abomina homossexuais. 

O próprio genitor também deve ter algum problema quanto a sua sexualidade, seja de orientação reprimida, seja algum trauma por abuso na infância. 

Porque ninguém tem repulsa gratuitamente por outro ser humano, pela sua condição pessoal. 

Culturalmente influenciado, alguém pode até discordar, porém respeitar, convivendo civilizadamente. Mas não ter raiva, querer que suma da face da Terra. Considerar uma das pragas do Egito.

Ambos precisariam de terapia, profunda, para restaurar suas identidades, seus egos, pois estão destroçados, vivem com paranóia de estarem sendo perseguidos, alvo de uma conspiração, ou perseguindo, conspirando contra alguém. 

Entretanto, o que mais compromete o desenvolvimento humano deles é aquilo que supostamente eles mais odeiam. Pois, podem estar odiando a si próprio, sem ter essa noção.


Paulo Lemos é advogado, professor universitário, articulista de opinião e defensor de direitos humanos e democracia participativa.
paulolemosadvocacia@gmail.com



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