O que o brasileiro pensa ao escolher um candidato, no bem do país e da sociedade ou no benefício próprio?
Politica não é corrupção. No Brasil a corrupção está na política, mas quando se fala de politica, parece que se entende como coisa de mau caráter, de bandidos. Assim como a religião católica não é sinônimo de pedofilia, a igreja e a política são para o bem estar a ordem da sociedade e do cidadão. O verídico é que a política foi invadida por oportunistas, como um prédio abandonado que no caso os donos não tomaram posse sem saber que são proprietários. Pensam que quem tem posse são os coronéis. É por isto que na televisão, em vídeos diários, as respostas para a pergunta “que Brasil você quer para o futuro?” são, em sua maioria, pedidos são para que os políticos tenham consciência e não roubem. Vamos então pedir consideração para os ladrões de rua que invadem nossas casas nos assaltarem na calçada, para nos pouparem.
Vejo a reclamação unânime sobre os políticos, que “todos são bandidos” que fazem do cargo um balcão de negócios e acabam criando obras para desviar dinheiro. Posso fazer uma pergunta? Quem os coloca lá dentro?
Mesmo em momentos de renovação urgente como agora, os candidatos que mais têm votos são os mesmos, os antigos, e agora vêm os filhos sendo lançados para deputados, como sendo uma herança justa.
Porque isto? O que se passa no inconsciente do eleitor para votar nos poderosos mesmo sabendo que eles são corruptos?
Todos sabemos que a venda de votos é normal, natural na nossa cultura, mas para mim, corrupção não é só isso. A escolha de um candidato deve ser para governar e fazer pelo país, estado e cidade, e não para manter os privilégios de alguns.
Qual é o mais competente e que fará o melhor pelo país e seu povo com o máximo de honestidade e ética? Não é esse o motivo que faz o eleitor escolher o político?
Qual pode me trazer alguma vantagem? Essa é a frase que se pensa automaticamente ao escolher um dos pedintes de votos. “Vou votar neste por ele ser primo do meu amigo e se eu precisar de alguma coisa eu consigo com facilidade.” “Vou escolher este por ter ele me prometido um emprego.” “Este vai asfaltar minha rua.” Sem contar os inúmeros pedidos para os eleitos de tijolo, telhas, remédios, combustível para o carro, etc. E por isso deve-se pensar: “Vou clicar no poderoso, pois ele tem condições de me fazer doações.” Não pense que os eleitores corruptos são apenas os pobres, mas de todas as classes, A,B,C,D e E. O Bolsa Família é fundamental, pois a fome é urgente, mas é nobre querer sair dela pelo próprio esforço e ter gratidão aos brasileiros que produzem para estes se nutrirem. Gratidão seria o sentimento para os que utilizam os medicamentos do SUS, os que fazem faculdade federal, os que são servidores públicos, pois recebem dos impostos dos irmãos brasileiros.
Mas o voto acaba sendo vinculado a um favor, a um benefício, a uma vantagem individual, e assim fica fácil eleger vigaristas, pois estão todos na mesma sintonia. Os votantes pensando no seu benefício e o eleito no dele. Tudo certo! E o Brasil? E o povo brasileiro? É a nossa cultura onde o estado tem que nos dar tudo, nos sustentar, e o que é da união não é de ninguém. A praça é do povo? Sim, mas ninguém cuida e ainda depredam. O estado é mãe ou filho? O estado é filho e a mãe são os que pagam tributos.
Com a evolução da consciência social do indivíduo, a cidade vai ficando mais bonita. Vejam como é no sul, as praças e calçadas são lindas, bem cuidadas, os que vivem lá vieram de uma cultura milenar europeia. Ficam gritantes em Mato Grosso quais são as cidades erguidas pelos sulistas, comparando entre Lucas do Rio Verde, Nova Mutum com Cáceres e Várzea Grande. E se for com uma Suíça ou Dinamarca ao o Brasil, Paraguai? A diferença está nos nossos valores como cidadãos que escolhem os administradores que nascem do próprio meio.
Nosso modo de pensar para a escolha do próximo gatuno acaba sendo errada e por isso o problema está em nós, eleitores, e não nos que elegemos para nos representar. A escolha é nossa.
Mas por trás de tudo isso, vem também a causadora de grande parte deste estilo malandro que temos, que é a burocracia. Esta sim que destrói, faz com que nada funcione e que faz legal seja imoral destruidor , e a única saída é o famoso jeitinho brasileiro, suborno dos fiscais, ou por consideração e bom senso deles em fazer vista grossa para a empresa se manter viva. Além disso tudo, existe a greve desses agentes que paralisam o Brasil, levando enormes prejuízos aos comerciantes, fazendo com que as mercadorias fiquem mais caras, para a importação e exportação. Justificando minha frase: O Brasil é inimigo dos brasileiros. Na greve, quem paga é o brasileiro, são as empresas o comercio e consequentemente opais. Tudo se afunda. Se um sindicato esta insatisfeito, bate no brasileiro, se um grupo está querendo aumento, surra o brasileiro. Qual direito é maior: o de ir e vir ou o de liberdade de se manifestar? Por que fechar vias que fazem pessoas perderem o voo, chegarem atrasadas nos trabalhos. Por que não se manifestam nas praças? Não, o brasileiro tem que levar porrada até que as autoridades fiquem com dó e atendam a reinvindicação.
A corrupção pode ser definida em três partes: a mais externa que é a do sistema politico, legislativo e judiciário (mecanismo), a segunda a causada pela burocracia patológica e a endêmica feita pelo cidadão (vantagem pra mim sempre).
Veja como estamos ferrados, em um país que está doente. Mas como sou otimista, acho que este é o fundo do poço e que a partir de agora vamos revendo os conceitos, já que tudo está revirado, para reerguermos um novo Brasil, mais solidário, com valores morais e éticos. Só temos que mudar este pensamento em querer levar vantagem até no candidato para votar, e depois ficar pedindo ações dele para benefícios próprios.
A revolução que a sociedade passa, é a mais sangrenta e dolorida, que é a mudança interior, estamos entendendo que acusar o outro não adianta, temos que nos ver no espelho e encararmos de olhos abertos. Olho no próprio olho e dente no próprio dente. Tente fazer isso! Difícil, né? A não ser que seu senso crítico seja zero.
Deixe o vizinho ficar rico e comprar um carro novo, não arranque a flor da praça e leve para casa, ela vai morrer e a praça ficará feia. Deixe sua calçada limpa e bonita, ela é a sala de sua casa, deixe o carro atravessar na frente do seu, faça amizade com alguém. Fazer caridade é dar carinho, o melhor de si e pelos que estejam abaixo ou acima de você, para os pobres ou milionários para os tristes ou felizes. Um pais rico começa assim, pois felizes já somos. Mude a si e depois, MUDA BRASILlllllllll!!!!!!!
Rosário Casalenuovo Júnior é diretor clínico do Instituto Machado de Odontologia; co-autor do livro Cirurgia Ortognática e Ortodôntica; presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia – SEC.MT) Especialista em: Ortondontia (Bioprogressiva e Arco reto); Ortopedia Funcional dos Maxilares Dor Orofacial e Disfunção de ATM Email: dr.rosario@institutomachado.com.br
Ainda não há comentários.